Detenta teria deixado recado antes de morrer; presídio foi alertado sobre risco de suicídio

"Ela deixou um escrito, que nós estamos apurando ainda detalhes, no local. Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão", afirmou Sodré em entrevista à RBS TV nesta quinta-feira (13).

Deise estava presa temporariamente desde 5 de janeiro no Presídio Estadual Feminino de Torres. Após um mês, sua prisão foi prorrogada e ela foi transferida para Guaíba no dia 6 de fevereiro por questões de segurança. A suspeita foi encontrada morta sozinha em sua cela, vestindo o uniforme de detenta. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) investigam as circunstâncias do caso, sendo o suicídio a principal linha de investigação.

Presídio teria sido alertado sobre risco

De acordo com informações preliminares, a administração da penitenciária foi alertada um dia antes da morte sobre a possibilidade de suicídio. Um advogado da família do marido de Deise teria informado a direção do presídio que o homem havia decidido formalizar o divórcio, o que teria afetado emocionalmente a detenta.

A Polícia Penal informou que Deise recebeu "três atendimentos psicológicos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde". Ainda segundo a instituição, "a rotina de inspeção é permanente" e são feitas revistas diárias nas celas.

A defesa de Deise Moura dos Anjos informou que irá se manifestar sobre o caso em entrevista coletiva marcada para esta tarde.