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LETRINHAS DO RDB

Um aulão de alegria e confraternização 50 anos depois

Cinco décadas se passaram. Um sopro em nossas vidas. Melhor mesmo é poder marcar esta data com o reencontro dos colegas daquela época. Alguns não poderão estar presentes, enquanto outros já nos deixaram e seguiram para um novo plano. Nesta quinta-feira (17), no Joinville Tênis Clubes, uma parte dos alunos do terceirão do Colégio Bom Jesus estará reunida para esta data significativa em nossas vidas. Relembrar só para quem esteve presente em cada um daqueles dias que somados formaram três anos de uma agradável convivência e um aprendizado que ficou para todos os dias seguintes de nossas vidas. Então, um brinde para todos.

Para ajudar a relembrar, estou postando duas crônicas que escrevi e que servem para mostrar o que conseguimos reunir e aprender no período em que foram importantes para chegarmos até onde estamos na atualidade.


Aos mestres com carinho

Um professor transmite conhecimentos durante o período em que os alunos estão em sala de aula. Aprende quem tem interesse, se dedicada e presta atenção. O principal ensinamento fica para o restante da vida. O verdadeiro mestre tem esta identificação e quando o estudante passa a ser cidadão saberá utilizar cada uma das lições.

Os meus professores do segundo grau é que ficaram mais marcados na minha caminhada pelas salas de aula. Talvez por ser um período em que o aluno está diretamente voltado para os passos seguintes, principalmente no período preparatório para o temido vestibular.

No vetusto Bom Jesus (foi esta a expressão que usei ao proferir o discurso na entrega do diploma) para enaltecer a instituição e, ao mesmo tempo, agradecer cada um destes dedicados e competentes professores. Ronald Kavanagh (matemática), que não se deixou levar pela emoção quando recebeu como presente de aniversário um litro de Velho Barreiro e alguns limões, sempre tinha na manga ou na cartola um macete para ter o resultado exato em qualquer equação.

Otto Francisco de Souza (história) elucidava todas as questões que ficaram obscuras nos grandes fatos da nossa história recente. Miraci Deretti (física) foi além das leis físicas para ensinar a verdadeira lição do civismo. Eros José Busemayer (educação física) nos deu fôlego e com quem tive a amizade aproximada fora das salas de aula quando esteve na administração das recreativas da Tigre e Nielson Busscar. Paulo Hunger (biologia), que conheci na infância por ser o dentista da família, ensinou bem mais do que o destino de células, cromossomas e gametas. A sua longevidade no ensino ainda beneficiou meu filho Paulo com seus conhecimentos no curso de educação fica. Para completar esta lista de personalidades do ensino, David Vegini (português), o que todos chamavam de Mestre.


Barraca armada no frio

A cada ano, na época que chega o período gelado de inverno, sempre me vem à lembrança da experiência que os secundaristas do terceiro ano do Bom Jesus passaram na aprazível Fazenda Bela Vista, em Campo Alegre – no Planalto Norte catarinense. Na chamada “serra acima”, com as mais baixas temperaturas que já passei, no longínquo 1974, tivemos a oportunidade de vivenciar o gosto pela natureza.

A maioria do grupo passou três dias neste belo espaço. Estava no pelotão de choque escolhido a dedo pelo professor Eros José Busemayer para ir um dia antes. Iríamos literalmente armar as barracas e deixar o acampamento em condições de uso pelo restante dos alunos e professores. A concentração foi no pátio do 62º BI para colocar colchões, panelões, e propriamente as barracas em dois caminhões do Exército.

A aventura seguiu. Subimos a Serra Dona Francisca ainda em obras e, finalmente, chegamos na Fazenda Bela Vista.

Escolhido o local, demos início na instalação dos equipamentos, tudo com a orientação do sargento Ita. E lá fomos colocar mãos à obra. Foi tudo feito num único fôlego. Só não conseguimos entrar no ritmo do nosso comandante, que naquela altura já virou o general Ita. Brincadeiras à parte, esta foi a melhor parte destes dias de convívio com os colegas.

Com todos caindo de cansado, chegou a hora do rango. O professor Eros preparou um dos maiores banquetes que tivemos a oportunidade de degustar. No meio daquela escuridão, ninguém se deu conta dos ingredientes, mas todos superaram a fome. Depois, no dia seguinte, recolhendo o que que sobrou, descobrimos que o cardápio nada mais era do que um delicioso omelete, misturado com tomate, cebola e até alguns insetos desavisados.

As poucas imagens que guardo são graças ao registro do colega Samir Silveira. Lá estou eu, com minha inseparável jaqueta Lee, em meio a uma exuberante paisagem; ao lado do lago e à minha esquerda aparece o diretor Helberto Michel, com sua possante Variant; e ainda de mãos na cintura para olhar a algazarra dos colegas.

Há cinco décadas, os formandos do 2º grau do Colégio Bom Jesus

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