Modernização tecnológica, avanço na transparência e economia milionária consolidam o ano como um divisor de águas no controle interno estadual

O ano de 2025 entrou para a história como um dos mais transformadores para a Controladoria-Geral do Estado (CGE) e para todo o sistema de controle interno de Santa Catarina. A criação da Diretoria de Tecnologia e Informações Estratégicas inaugurou uma nova fase de modernização do órgão, ao centralizar dados, reforçar a segurança das informações e apoiar auditorias, corregedoria, ouvidoria e o monitoramento de riscos com soluções tecnológicas desenvolvidas internamente.

A partir dessa estrutura, uma série de ações estratégicas impulsionou avanços significativos em governança e transparência. Entre os destaques está a ferramenta de auditoria do programa Universidade Gratuita, capaz de identificar inconsistências em menos de 24 horas e permitir auditorias quase em tempo real. A tecnologia passou a ser compartilhada com outros órgãos, como a Polícia Civil, ampliando seu impacto na administração pública.

Outro marco de 2025 foi o início da força-tarefa para enfrentar o grande passivo de prestações de contas acumulado, especialmente em 2022. Com a atuação de grupos especializados, o governo avançou na recuperação desse estoque, assegurando maior transparência e controle sobre a aplicação dos recursos públicos. Na área da educação, a CGE atuou em parceria com a Secretaria de Estado da Educação na homologação de 41 lotes de manutenção, que passaram a atender de forma padronizada as 1.038 escolas da rede estadual, garantindo mais qualidade, agilidade e controle na infraestrutura escolar.

Os resultados também colocaram Santa Catarina em evidência no cenário nacional. O Estado alcançou posição de destaque no Ranking da Transparência da Universidade de São Paulo (USP), figurando entre as unidades federativas mais bem avaliadas do país, reflexo de melhorias contínuas na organização do portal, na acessibilidade e na abertura de dados públicos.

Esse desempenho culminou em uma das conquistas mais simbólicas do período: o Selo Diamante de Transparência do Programa Nacional de Transparência Pública. Coordenado pela CGE em conjunto com todos os órgãos do Executivo, o trabalho levou Santa Catarina do Selo Prata, em 2023, ao Selo Diamante em 2025, representando um salto expressivo em governança, integridade e acesso à informação.

O impacto das mudanças também foi sentido diretamente pelo cidadão. O tempo médio de resposta da Ouvidoria-Geral do Estado caiu de 30 para apenas 10 dias, resultado do aprimoramento dos fluxos internos, do uso de tecnologia e do fortalecimento da Rede de Ouvidorias. A cultura de inovação ganhou ainda mais espaço com a realização do 1º TechGR, seminário que reuniu especialistas estaduais e federais para debater temas como inteligência artificial, gestão de riscos e soluções tecnológicas desenvolvidas pela própria Controladoria.

Em 2025, a CGE também reforçou seu quadro técnico com a nomeação de 25 novos auditores, ampliando a capacidade analítica e a atuação preventiva do órgão. Esse fortalecimento contribuiu para uma economia estimada de mais de R$ 50 milhões, gerada a partir de análises preventivas com o Painel de Riscos da Auditoria, que examinou milhares de processos antes da licitação, abrangendo cerca de R$ 8 bilhões em contratos do Estado.

No campo do controle do gasto público, outro avanço relevante foi o Projeto MÔNICA — Monitoramento Catarinense de Despesa. Desenvolvido pelos auditores da CGE, o protótipo consolidou dados do BI e passou a oferecer uma visão integrada e atualizada das despesas estaduais, com monitoramento diário e comparativos históricos das fases de empenho, liquidação e pagamento. Em evolução, o projeto deve incorporar automações e alertas para identificar desvios e apoiar decisões estratégicas da alta gestão.