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Campo & Cidade

Frutas Pequenas

Frutas pequenas. Isso mesmo, frutas pequenas. A região: o Planalto Norte Catarinense, mais precisamente Canoinhas e adjacências:
capacitação sobre frutíferas. Potencialidades. Frutas pequenas, a bola da vez, ponderam técnicos e fruticultores. E porque não, os aficionados degustadores. Em tela -, um plus ambiental: clima temperado, seara própria de mirtilo, physalis, amora, moranguinho , entre tantas outras preciosidades.

Impressionante o salto brasileiro em termos de fruticultura; algo inimaginável a poucas décadas atrás. Exóticas ou nativas, os cultivos
avançaram e avançam a passos largos. E polos – cerca de 30 -, se destacam: 1) uva na Serra Gaúcha e no Vale do São Francisco; 2) maçã no planalto catarinense e gaúcho; 3) banana no Vale do Ribeira, SP - no litoral catarinense – e, em Janaúba, Minas Gerais; 4) laranja, em SP; 7)melão no Rio Grande do Norte. E outros mais, como manga, melancia, abacaxi, pera, caqui, goiaba, e assim por diante.

De importadores de frutas, passamos a exportadores. Qual a razão dessa performance? Milagre! Nada disso. Senão vejamos.

É evidente - na raiz de tudo está o mercado consumidor -, em constante ascensão no mundo todo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS) o consumo de hortifrutigrangeiros encontra-se aquém do minimamente recomendável: 400 gramas/pessoa/semana. A média atual não ultrapassa 140 gramas, fator que tem sérias implicações em saúde pública, pois o consumo previne doenças crônicas não transmissíveis(DCNTIs), entre as quais o câncer e as cardiovasculares.

Ressalte-se: frutas são fundamentais na dieta humana. Recomenda-se no mínimo, três porções diárias. Na forma de salada, agregando frutas diferenciadas, o ideal; inclusive quanto às cores. Vale para todas as idades, obviamente.

E só foi possível avançar aos níveis atuais em termos de produção e produtividades, graças ao avanço da ciência e da tecnologia. E, sobretudo, no que tange à qualificação do fruticultor. Não é seara para amadores, a fruticultura, com certeza. E a estrutura de suporte não é robusta: universidades, empresas de pesquisas agropecuárias - públicas e privadas. Assistência técnica. E insumos e fertilizantes de qualidade.

Importante também o desenvolvimento de máquinas e equipamentos para facilitar as operações agrícolas, bem como boas práticas de pós-colheita: armazenagem e processamento agroindustrial. Simples assim, portanto: visão sistêmica da cadeia produtiva.

Na outra ponta a defesa e a vigilância fitossanitária – barreiras controle pragas e doenças. Fiscalização. Orientação. Rigor técnico. E

gestão. 

Algumas cadeias produtivas se destacam pela organização (associações ou cooperativas): caso do citrus, da banana e da maçã entre
outras. E até na pesquisa científica, (FUNDECITRUS). Citricultura. Quanto à capacitação de frutas pequenas promovida pela Epagri –
Regional de Canoinhas – sinaliza claramente para novos horizontes: fruticultura de clima temperado em franca expansão no Planalto Norte Catarinense.

E quem não as aprecia, não apenas visualizando-as, mas especialmente saboreando mirtilos, moranguinhos, physalis e amoras. E
outras frutas mais. Tantas outras. Glamour geral.

A Festa das frutas vermelhas em Campo Alegre - a nova joia da coroa. Apresentam-nas. Eureca!

Mas cá entre nós -, num país continental como Brasil, com biomas extremamente diversificados, frutícolas nativas ensejam, certamente, tesouros à vista.

Bom demais nosso jardim de Éden – maravilhas da natureza. Fruitas e cores, e, sobretudo, sabores. Alvissaras!


Novembro, 17, 2023

Onévio Antonio Zabot

Engenheiro Agrônomo

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