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LETRINHAS DO RDB

O pior e o melhor - Roberto Dias Borba

  • - ROBERTO DIAS BORBA Joinvilense - jornalista. Filho de João Sotero Dias de Borba e Veronica Ida Borba. Casado com Vilma Ramos Borba. Pai de Ubiratan, Paulo César e Rubens. Nasci, me criei e conheci o esporte no bairro Glória - em Joinville. Três minutos, três gols era o lema do Leão do Alto da rua 15 - o Glória de tanta tradição, história e craques da bola. A minha trajetória na imprensa começou oficialmente em agosto de 1975, no extinto Jornal de Joinville. O maior período de atuação, mesmo distribuído em duas oportunidades, foi em A Notícia, por exatos 24 anos e oito meses. O

?A vida é feita de momentos. No aspecto profissional podemos classificar as fases em que passamos por estas ocasiões. As prazerosas são fáceis de enumerar. Difícil é descrever as etapas difíceis. Na minha vida profissional, atuando em assessorias de imprensa, destaco entre o bom e o ruim em duas modalidades diferentes. O caminho na divulgação, como se diz "estar do outro lado do balcão", começou no basquete.

Em 1994, a experiência foi significativa, principalmente pelo planejamento e com muita organização. A Fundação de Esportes (atual Sesporte) havia abraçado a causa de levar as equipes de Joinville com potencial para as competições nacionais. O basquete, neste sentido, contou com a parceria da Akros, mais tarde adquirida pela Amanco. A empresa utilizou a sua entidade recreativa, com a presidência de Jackson Randal Mendes, junto com a agência que cuidava de sua publicidade - a Dicas Propaganda para mostrar seu novo produto p - o esporte.

O conjunto empresa-poder público-esporte colocou a cidade e seu basquete no patamar nacional. Na última partida antes da parada para os festejos de Natal e ano novo de 1994 foi em Uberlância. E para lá fomos junto com a delegação, levando a tiracolo material de divulgação com todos os detalhes da equipe e sua campanha. A imprensa mineira ficou encantada com o que estava recebendo, e eu estava lá para explicar o que era a empresa (o objetivo de publicidade gratuita estava sendo alcançada) e como o basquete estava enraizado no esporte joinvilense. Só foram elogios, pois a mineirada nunca tinha visto nada igual.

Mais de 15 anos depois, no futebol profissional, sem planejamento para a semana seguinte, estava no JEC. Tudo corrida bem desde que as vitórias mascarassem a realidade. Em 2009, Sergio Ramirez foi festejado pela conquista da Copa Santa Catarina e a vaga para a Série D do ano seguinte. Já em 2010, desta vez a Copinha escapou das mãos e dos pés, mesmo que para isso seria preciso apenas reverter a derrota do primeiro jogo da final em Brusque. O empate na Arena frustou a torcida, que aproveitou a falta de segurança após o jogo e invadiu o saguão e já estava partindo para os vestiários atrás de responsáveis pelo fracasso.

A chamada área mista da Arena Joinville foi transformada em campo de batalha. Não havia clima e nem condições para a coletiva de pós jogo. O volante Carlinhos Santos, mesmo assim, atendeu a reportagem da televisão, mas por pouco não entrou em vias de fato com torcedores raivosos. O técnico Edinho Nazareh não entendeu o motivo que não o trouxe para a coletiva do lado de fora do vestiário.

A única coisa que consegui imaginar naquele momento era manter a integridade física de todos e também a minha. Fiz o que deveria, como sempre providenciei, enviando material sobre o jogo para a imprensa. O passo seguinte foi pedir demissão. Esporte não pode colocar em risco a vida de ninguém. Estava literalmente desempregado, mas vivo.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes.
Aguardo pelo seu contato através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com





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