logo RCN

Famílias Acolhedoras transformam vidas em Joinville

  • Foto: Prefeitura de Joinville / Divulgação -

No Dia Mundial do Acolhimento Familiar, conheça histórias e saiba como se tornar uma família que oferece amor e cuidado temporário a crianças em situação de vulnerabilidade.

Em 31 de maio é celebrado o Dia Mundial do Acolhimento Familiar. Em Joinville, a Secretaria de Assistência Social (SAS) da Prefeitura conta com o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que garante proteção e cuidado a crianças e adolescentes do município.

A Família Acolhedora recebe provisoriamente crianças e adolescentes que estão sob medida de proteção, afastadas do núcleo familiar, por determinação judicial, em residências de famílias cadastradas, selecionadas, capacitadas e acompanhadas.

Em Joinville, são no momento 45 famílias habilitadas no Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora e 37 crianças acolhidas. As Famílias Acolhedoras são voluntárias e recebem um subsídio mensal como apoio financeiro para subsidiar as despesas dos acolhidos.

Segundo a coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar da SAS, Patrícia Caetano, entre os principais benefícios deste tipo de acolhimento está o cuidado individualizado e personalizado para cada criança ou adolescente num ambiente familiar onde uma rotina é estabelecida para cada acolhido, de acordo com a necessidade deles.

“Ela vai ter vínculos afetivos mais estáveis, uma convivência familiar e comunitária, que é o direito dela. Considerando todas as violências que a criança viveu, todo o ambiente de negligência, o foco no desenvolvimento dela é muito importante. Com a Família Acolhedora, ela tem a possibilidade desse cuidado individualizado”, explica a coordenadora.

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora existe há 17 anos em Joinville.

Capacitação para as famílias

Os interessados em ingressar no Famílias Acolhedoras podem se inscrever gratuitamente pelo site da Prefeitura, no link (bit.ly/FamiliasAcolhedorasJoinville), onde também estão disponíveis as informações completas sobre o Serviço.

Após a inscrição, a família candidata receberá a equipe da SAS, formada por assistente social e psicólogo, em uma visita domiciliar e, posteriormente, participará de uma entrevista psicossocial, que será realizada na sede do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (rua Virgínia Ferreira Gomes, 277, bairro Floresta).

Passadas essas duas etapas, a família aguarda as datas da capacitação. São quatro noites de capacitação, um total de 12 horas. Elas ocorrem, geralmente, três vezes por ano e a próxima capacitação está prevista para o mês de agosto.

“Essa capacitação vai tratar de todos os temas que permeiam o acolhimento e a Família Acolhedora, desde a chegada da criança, todo o processo jurídico, o acompanhamento na política de saúde, educação, até a preparação para a criança sair do acolhimento, já que ela pode ficar acolhida no máximo 18 meses, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente”, informa a coordenadora, Patrícia Caetano.

Eliane Moller e o marido Mauro são uma Família Acolhedora desde 2022 Neste período, já acolheram cinco crianças. No momento, eles acolhem duas meninas.

“Temos filhos e netos e até pensamos em dar uma parada no Família Acolhedora, porque já passamos dos 50 anos de idade e foram cinco crianças acolhidas em praticamente dois anos e meio, sem interrupção. Mas quando as crianças vêm com um sorriso, com um abraço, com um eu te amo, vale todo o esforço”, afirma Eliane.

Como se tornar uma Família Acolhedora

Pode se inscrever no serviço quem tem mais de 21 anos, que resida em Joinville por período superior há um ano e possua renda (individual ou familiar). Os candidatos também podem indicar o perfil da criança ou adolescente que desejam acolher, de acordo com a sua habilidade e disponibilidade.

Não podem participar pessoas que estão cadastradas na lista nacional de adoção. Todos os membros da família devem consentir com o acolhimento. As famílias devem ter tempo para garantir os cuidados essenciais ao desenvolvimento do acolhido.

Cuidando de quem Cuida

No dia 29 de maio, a SAS realizou na Pró Rim Educação o evento “Cuidando de quem Cuida”. Na data, a psicóloga Carolina Luiza Floriano ministrou a palestra “Cuidado em ato: o papel das famílias acolhedoras em cuidar(se)”.

Outro momento do evento, que faz parte das capacitações programadas durante o ano para as Famílias Acolhedoras e equipes da SAS, foi uma oficina onde os participantes escreveram uma carta para si próprios sobre o cuidado e o que foi abordado na palestra da psicóloga.

Essas cartas foram colocadas em uma cápsula do tempo e serão abertas em outro evento, no final deste ano.

Joinville forma primeira turma de pavimentação com pessoas em situação de rua Anterior

Joinville forma primeira turma de pavimentação com pessoas em situação de rua

Bônus para catadores impede que plásticos poluam rios da Amazônia Próximo

Bônus para catadores impede que plásticos poluam rios da Amazônia

Deixe seu comentário