Teatros reabertos, museus revitalizados e público recorde marcam 2025 da FCC

  • Foto: Leo Munhoz / SECOM -

Reformas de espaços culturais, retomada de programas históricos, editais recordes e fortalecimento da formação artística marcaram o ano da Fundação Catarinense de Cultura

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) encerra 2025 com um dos maiores volumes de investimentos em políticas culturais da última década. Ao longo do ano, cerca de R$ 208 milhões foram destinados ao setor por meio de reformas e restauros de equipamentos culturais, editais, prêmios, programas de incentivo e convênios, contemplando iniciativas como o Prêmio Elisabete Anderle, a Política Nacional Aldir Blanc e o Programa de Incentivo à Cultura (PIC).

Além do fortalecimento dos mecanismos de fomento, a FCC avançou de forma significativa na requalificação de espaços culturais e na ampliação de programas voltados à literatura, à formação artística e à circulação cultural em todas as regiões do estado.

O ano foi marcado por obras estruturantes e revitalizações de teatros, museus e centros culturais administrados pela Fundação. Um dos principais destaques foi a reabertura do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), em março, que devolveu ao público um dos espaços mais tradicionais da cultura catarinense e recebeu cerca de 35 mil pessoas ao longo de 2025. O Teatro Pedro Ivo também voltou a funcionar após uma revitalização completa, com investimento de R$ 3,4 milhões em obras de climatização, troca de poltronas e modernização técnica. Já o Teatro Ademir Rosa registrou recorde de público, com 173 mil pessoas em 185 eventos realizados no ano.

No Centro Integrado de Cultura (CIC), a conclusão da restauração do telhado ampliou o uso do complexo cultural. Espaços como o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) e a Sala de Cinema Gilberto Gerlach passaram por reformas e modernização da infraestrutura.

Os museus estaduais também registraram grande movimentação de público. O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), no Palácio Cruz e Sousa, recebeu mais de 75 mil visitantes, com exposições sobre a Revolução Federalista, imigração italiana e Dom Pedro II. No MASC, a exposição comemorativa do centenário do professor Aldo Nunes e as oficinas de conservação atraíram 16,5 mil pessoas.

A Biblioteca Pública de Santa Catarina contabilizou 94,5 mil visitantes em 2025. Além de visitas guiadas e lançamentos de livros, o espaço ganhou uma bebeteca voltada ao público infantil e um novo sistema de consulta e empréstimo de livros, mais dinâmico e intuitivo.

Outro investimento relevante foi o início das obras de restauro do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, com orçamento superior a R$ 10 milhões, provenientes de recursos estaduais e federais, e prazo de execução de 36 meses.

A Galeria do Artesanato comercializou cerca de 20 mil peças produzidas por artesãos catarinenses e recebeu 66 mil visitantes ao longo do ano. Já a Casa da Literatura Catarinense passou por reforma interna e externa, com investimento de R$ 240 mil, e passa a oferecer um espaço revitalizado para encontros literários, lançamentos de livros e eventos de pequeno porte. “O prédio volta a atender aos anseios da classe literária de ter um espaço centralizado e revitalizado como ponto de encontro para novas leituras e saberes”, destaca a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin.

No campo do fomento, o Programa de Incentivo à Cultura (PIC) manteve-se como uma das principais ferramentas de apoio ao setor. Em 2025, foram liberadas 289 cartas de captação, totalizando mais de R$ 149 milhões em projetos aprovados entre 2024 e 2025.

Na área da literatura, o Prêmio Cruz e Sousa de Literatura foi retomado após 16 anos, com R$ 140 mil distribuídos a oito vencedores. Também voltou a ser executado o programa Cem Cópias Cem Custo, que permitirá a publicação gratuita das primeiras obras de escritores catarinenses ou residentes no estado há mais de cinco anos. A FCC ainda lançou o edital de Oficineiros, ampliando a oferta de oficinas culturais em áreas como musicalização, violino, artes visuais e cerâmica.

Outro destaque foi a abertura do edital SC Cultura Boa, que destinará R$ 15 milhões para firmar convênios com 90 municípios, garantindo a manutenção e adequação de espaços culturais municipais.

Na área do patrimônio cultural, o 3º Encontro Estadual de Patrimônio Cultural reuniu cerca de 100 profissionais no CIC, promovendo debates sobre preservação e políticas públicas. Florianópolis também sediou o Fórum Global do Espírito Santo, com a participação de comunidades açorianas e instituições culturais do Brasil e do exterior. O MHSC ainda recebeu a instalação de bustos históricos em homenagem a Dom Pedro II, Cruz e Sousa e ao ex-governador Antônio Carlos Konder Reis.

A formação artística e a valorização de novos talentos também ganharam destaque. A segunda edição do Santa Catarina Canta – Festival de Música Brasileira registrou 1.300 inscritos e etapas em todas as regiões do estado, culminando em uma final na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, que reuniu cerca de 35 mil pessoas. Pelo MIS/SC, a FCC lançou o Projeto Primeiro Palco, oferecendo a artistas iniciantes a oportunidade de realizar sua primeira apresentação solo no CIC, na nova Sala Multimídia, com 83 lugares.

Pela primeira vez, o Governo do Estado antecipou os repasses para a preparação do Carnaval do ano seguinte. Foram destinados R$ 10,5 milhões para 24 escolas de samba e para o evento Berbigão do Boca, além de R$ 9 milhões à Prefeitura de Florianópolis, visando aprimorar o planejamento e a execução dos desfiles de 2026.

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