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Construção civil deve terminar 2024 com crescimento de 4,1%

  • Fotos: Freepik -

Belezas do litoral e potencial de valorização de imóveis movimentam construção em SC

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta crescimento de 4,1% para a construção civil em 2024. O desempenho do setor foi impulsionado por um conjunto de fatores, entre eles o aquecimento do mercado imobiliário diante da recuperação da economia e o dinamismo do mercado de trabalho, a retomada de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida e a intensificação de obras de infraestrutura em ano de eleições municipais. Desde 2019, a construção civil cresceu 21,2%.

Os números da construção refletem os resultados dos três primeiros trimestres do mercado imobiliário. De janeiro a setembro, as vendas de apartamentos novos aumentaram 20%, com 292.557 unidades comercializadas, enquanto os lançamentos cresceram 17,3% de janeiro a setembro.


Santa Catarina

Em Santa Catarina, o aquecimento do setor da construção civil tem fundamentos diferentes, conforme explica o presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Marcos Bellicanta. “A elevada qualidade de vida, a segurança e as belezas naturais de nossas praias acabam atraindo compradores de imóveis do Brasil todo, o que faz com que o investimento aqui acabe tendo um alto retorno e traga segurança para esses investidores”, explica.

No acumulado do ano até novembro, quatro cidades catarinenses figuravam entre as que registraram o maior preço médio de venda de imóveis residenciais, segundo o índice FipeZap. Balneário Camboriú lidera o ranking, seguido por Itapema (2ª), Itajaí (4ª) e Florianópolis (5ª).


Desaceleração em 2025

Para 2025, no entanto, as perspectivas são menos positivas, com uma projeção inicial de expansão de 2,3%. Bellicanta destaca que o novo ciclo de aumento da taxa de juros e o aumento de custos de mão de obra e de insumos deve impactar negativamente o setor.


Desafios do setor

O número total de trabalhadores com carteira assinada atingiu quase 3 milhões, próximo do nível de 2014, pico de alta do setor. Isso já se reflete em escassez de mão de obra e, consequentemente, salários mais altos. O salário médio de admissão no país em outubro foi de R$ 2.335,69, o segundo maior entre os setores econômicos, superando a média nacional, de R$ 2.153,18.

Outro desafio para 2025, os custos de insumos preocupam o segmento. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 6,34% nos últimos 12 meses, superando a inflação oficial de 4,87%.

Juros mais altos, somados a uma expectativa de restrição de fontes de recursos para financiamentos, também podem impactar o setor, especialmente nas vendas de imóveis para a classe média, a mais afetada pelo crédito.

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