As peladas de final de tarde, sempre no campo do Glória, geralmente no período de verão, o cenário estava pronto e com a devida perfeição. No par ou ímpar para ser escolhido, sempre queríamos ficar no time com alguém que tivesse mais intimidade com a redonda. Neste caso, Renato Ganske ficava em grande vantagem. Cabeça levantada, bola nos pés, e a jogada começava a fluir com a sua visão perfeita de jogo.

Renato herdou do pai a qualidade de rádio técnico, ou o consertador de aparelhos de radiodifusão e televisores, com seu “escritório” na rua Campos Salles. Terminava o experiente entre peças e ferramentas, lá ia ele para o Glória. E nos gramados, às vezes mesmo com a falta da vegetação verde, tinha uma habilidade incomum para dividir com os quase desprovidos de um bom toque de bola.

No juvenil do América na adolescência, no Palmeiras do Vila Nova nas conquistas do Torneio da Integração Rural, ou ainda no humilde Canto do Rio (como aparece em uma das imagens), assim foi o currículo de Renato Ganske no futebol amador de Joinville. Um talento que poderia ter brilhado mais se tivesse as oportunidades que muitos cabeças de bagre tem neste dias atuais. Aproveitamos da melhor forma possível seu convívio entre um chute e outro. Valeu muito mais pela sua amizade.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos.

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