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LETRINHAS DO RDB

O bicho acabou escapando - Roberto Dias Borba

  • - ROBERTO DIAS BORBA Joinvilense - jornalista. Filho de João Sotero Dias de Borba e Veronica Ida Borba. Casado com Vilma Ramos Borba. Pai de Ubiratan, Paulo César e Rubens. Nasci, me criei e conheci o esporte no bairro Glória - em Joinville. Três minutos, três gols era o lema do Leão do Alto da rua 15 - o Glória de tanta tradição, história e craques da bola. A minha trajetória na imprensa começou oficialmente em agosto de 1975, no extinto Jornal de Joinville. O maior período de atuação, mesmo distribuído em duas oportunidades, foi em A Notícia, por exatos 24 anos e oito meses. O

Quem diria! O nosso Glória estava sendo o fiel da balança. Para isso, o confronto com a Tupy estaria determinando o rumo que o troféu da primeira edição do citadino de futebol infantil, disputado em 1973, iria ser definido. O Caxias, que estava de folga, torcia pelo empate. Para o time do Boa Vista só interessava a vitória. No meio desta encrenca estávamos nós, os garotos do Glória.

Tupy e Glória era um dos dois jogos que estavam atrasados e ocorreriam em dia e horário que não eram habituais. Ao invés das manhãs de domingo, os dois jogos ocorreriam numa quarta-feira à noite, mantendo o local costumeiro - o Ernestão. A rodada começou cedo, pois o jogo principal, às 21 horas, seria pelo Catarinense de profissionais, entre Caxias e Juventus de Rio do Sul.

Os profissionais do Caxias já estavam no estádio e, volta e meia, chegavam no alambrado para ver como estava a preliminar. A curiosidade era para saber se o time dos garotos iria chegar ao título com a ajuda gloriana.

O Gualicho usou a cartilha que recomenda um incentivo extra para conseguir que o adversário traga o resultado que lhe convém. Para isso, Linor do Rosário, treinador caxiense, anunciou com antecedência que estaria destinando um bicho de 5 cruzeiros para cada jogador do Glória, caso o alviverde levasse o empate até o final do jogo.

Entramos em campo com dois jogadores a menos. A regra permitia e fomos nos ajeitando conforme os ponteiros do relógio estavam caminhando. Até o intervalo estava tudo de acordo e o bicho parecia chegar mais perto de nossos bolsos. Aliás, conforme o Caxias pretendia para ser campeão. A Tupy era só ataque. O inevitável, ou o gol auri cerúleo, surgiu quando o nosso lateral esquerdo Carlito não conseguiu impedir um chute forte de longa distância de Edilson.

A bola, caprichosamente, foi para o fundo das redes. Gol da Tupy e, consequentemente, o troféu indo para os lados do Boa Vista. Decepção que não conseguimos esconder. E só voltamos a realidade quando o zagueiro J. Alves, que estava se preparando para o jogo principal, não se conteve, subiu no alambrado e soltou aquela pérola: "Linor, paga o bicho. Paga o bicho, Linor". A algazarra de J. Alves livrou-nos do mau humor daquela derrota.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos.

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RDB/Edilson se destacou no JEC e em muitos times do futebol profissional








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