Na decisão da Primeirona do ano de 2000, no Estádio Otto Klemke, na rua Iguaçu, a cabine principal ficou com a emissora que chegou primeiro com o pedido de linha. Eu comentando e o colega Celso Schmitt na narração, pela Difusora 1480, ficamos atrás do gol de entrada, com uma mesa para nos equilibrar sobre um tablado improvisado dentro da cancha de bocha.

Os primeiros minutos foram de apreensão. O tempo foi nosso aliado para ir acostumando com o perigo. O filho de Celso subia e descia daquela arapuca, com desprendimento melhor do que o próprio Homem Aranha. Os minutos passavam lentamente. E o povo cada vez mais grudado no alambrado na nossa frente, impedindo a visão de quem precisava passar algo confiável para os ouvintes.

O pior ficou para os últimos instantes de jogo, com Schmitão precisando segurar o microfone (como de costume) com a mão direita, passar os olhos sobre a pasta de anunciantes e ainda ter que manter no braço esquerdo o filho, que caiu no sono após seguidas escaladas e dormia no colo do pai-narrador.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos.

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