Por pouco que não nasci nas imediações ou literalmente em um campo de futebol. E tudo pela presença de minha mãe Veronica (eu no seu ventre) para acompanhar papai jogando pelo Glória. O campo ficava a poucos metros de onde morávamos e ela sempre aproveitava estas oportunidades para ir me apresentando a este ambiente, que mais tarde passaria a ser como uma extensão de minha casa. A presença da mulher entre as espectadores de futebol ainda é muito reduzida. Passaram os anos e a situação pouco foi alterada. O que não se tem ideia é a torcida feminina que acompanha futebol a distância.

A tia Dulce, irmã caçula de meu pai, desde garota vivia neste ambiente, apesar de longe dos campos, por ter nos irmãos aficionados neste esporte e que poderiam formar mais da metade do time do Glória. Os assuntos familiares nunca ficavam distantes da bola. Quando se mudou para São Paulo, acompanhando vovó Cantalícia e o mano Anselmo, ficou mais perto de realizar o sonho de ver de perto seu ídolo. A oportunidade de conhecer Leônidas da Silva finalmente foi concretizada. A menina do bairro Glória foi acompanhar o artilheiro numa partida no Pacaembu.
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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de "Glória´s do Menino Jornalista", uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem vindos. Aguardo seu contato para prestar mais detalhes.