Vereadores investigam instituição contratada pela prefeitura para abordagens a pessoas em situação de rua
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Foto: CVJ / Divulgação -
Comissão Especial alerta sobre práticas ilegais e falta de profissionais no atendimento a pessoas em situação de rua em Joinville
Na manhã desta sexta-feira (7), vereadores da Comissão Especial sobre a População em Situação de Rua realizaram uma fiscalização nas instalações do Instituto Aminc, responsável pelas abordagens a pessoas em vulnerabilidade social em Joinville. A comissão, formada pelos vereadores Pastor Ascendino Batista (PSD), Adilson Girardi (MDB), Mateus Batista (União Brasil), Instrutor Lucas (PL) e Neto Petters (Novo), verificou de perto o trabalho desenvolvido pela instituição contratada pela prefeitura para atuar neste serviço.
Durante a visita, os parlamentares foram recebidos pelo assistente administrativo do Instituto, Ricardo Barbosa, que informou que, na madrugada do dia 7, foram realizadas 14 abordagens, das quais nove resultaram em deslocamento de pessoas para casas de acolhimento. No entanto, a visita revelou preocupações entre os vereadores, especialmente sobre relatos de pessoas em situação de rua que afirmam ter recebido passagens pagas por outros municípios para se deslocarem até Joinville.
O presidente da comissão, vereador Pastor Ascendino Batista, expressou preocupação com a prática, que considera ilegal. “Tivemos informações de que muitas pessoas em situação de rua dizem que as passagens foram bancadas pela assistência social de outras cidades. Isso é muito grave e precisa ser investigado. Essa prática é ilegal, e deve ser comunicada à polícia imediatamente”, afirmou o vereador.
Além disso, a comissão demonstrou preocupação com a escassez de profissionais na equipe do Instituto Aminc, que atualmente passa por um processo de recrutamento. O presidente da comissão ressaltou que o número insuficiente de funcionários pode comprometer a eficiência e a qualidade do atendimento prestado às pessoas em situação de vulnerabilidade.
Após a visita à sede do instituto, os vereadores acompanharam a realização de abordagens no centro da cidade, verificando de perto a atuação dos profissionais no trabalho de acolhimento.
A Comissão Especial de Enfrentamento e Fiscalização à População em Situação de Rua foi criada em 13 de fevereiro e tem prazo de 30 dias úteis para apresentar um relatório final sobre as ações desenvolvidas pelo município. Esse prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias. Entre as atribuições da comissão estão a análise das ações do poder executivo, a escuta de representantes do município e da empresa contratada, além da elaboração de um relatório com recomendações sobre o serviço prestado.
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