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Estudos da Alemanha e Espanha associam deficiência da vitamina a quadros mais graves da doença
É indiscutível que a vitamina D desempenha um papel em todo o corpo e cumpre funções importantes. Uma grave deficiência de vitamina D, considerada quando o valor é igual ou inferior a 12 nanogramas por mililitro de sangue, leva a deformações ósseas graves e dolorosas, chamadas de raquitismo em bebês e crianças pequenas e osteomalacia em adultos. É aqui que o consenso científico termina. Ninguém sabe exatamente de quanta vitamina D as pessoas realmente precisam. A questão de quando passa a haver um quadro de deficiência também é controversa. Por esse motivo, vários valores-limite são frequentemente usados como critério. Fato é, no entanto, que a vitamina D está se tornando cada vez mais popular.
Não apenas a literatura pseudocientífica faz com que haja uma onda de novas publicações sobre a vitamina D, o número de estudos publicados sobre o tema também aumentou enormemente nos últimos anos. A vitamina D é vista atualmente não apenas como responsável por um esqueleto funcional, mas também está associada a doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de câncer.
O nível de vitamina D no sangue depende principalmente da luz solar. Se a radiação UV atingir a pele em quantidade suficiente, o corpo poderá produzir ele mesmo a vitamina. Estima-se que apenas de 10% a 20% da necessidade do organismo sejam cobertos através dos alimentos. A vitamina D que sintetizamos através da radiação solar ou dos alimentos não é inicialmente biologicamente ativa. Alguns processos metabólicos devem ocorrer antes que a forma biologicamente ativa da vitamina, o chamado calcitriol, seja formada nos rins e liberada no sangue.
Além disso, muitos órgãos têm receptores aos quais a substância precursora do calcitriol se liga. Ela também está presente no sangue. Os órgãos então usam essa substância preliminar para produzir calcitriol, que é usado para inúmeros outros processos no corpo. Esta forma de vitamina D regula a liberação de insulina, inibe o crescimento de tumores, promove a formação de glóbulos vermelhos e a sobrevivência e atividade dos macrófagos, importantes para o sistema imunológico.
Conexão com a covid-19 ?
Diversos estudos estão agora estabelecendo uma ligação entre a deficiência de vitamina D, certas doenças pré-existentes e casos mais graves de covid-19. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cantábria, na Espanha, mostrou que mais de 80% dos pacientes com covid-19 tratados em um hospital apresentavam deficiência de vitamina D.
Em junho, uma análise da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, teve resultado semelhante. O texto diz: "Existem inúmeros indícios de que várias doenças não transmissíveis (pressão alta, diabetes, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica) estão associadas a baixos níveis plasmáticos de vitamina D. Essas comorbidades, juntamente com a deficiência de vitamina D com que são frequentemente associadas, aumentam o risco de eventos graves de covid-19".
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