Documento propõe melhorias no acesso e na qualidade dos serviços de saúde nas regiões Sul e Sudeste

Florianópolis foi palco de um importante marco para a saúde pública no Brasil. Na manhã deste sábado (23), durante o encerramento do 12º encontro do Consórcio de Integração do Sul e Sudeste (COSUD), os governadores e representantes dos sete estados que compõem o grupo assinaram a Carta de Florianópolis. O documento apresenta diretrizes e medidas para a coordenação integrada entre os estados, visando aprimorar o acesso e os serviços de saúde pública.

O evento, realizado no Costão do Santinho, reuniu gestores e técnicos de saúde para debater temas centrais como as Regiões Interestaduais de Saúde e a Prevenção e Resposta às Emergências de Saúde. As propostas visam regulamentar atendimentos entre estados e otimizar a resposta a situações emergenciais, com implementação prevista ainda para 2025.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde de Santa Catarina, Diogo Demarchi, o objetivo é estabelecer padrões, organizar financiamentos e propor mudanças na legislação nacional para normatizar atendimentos interestaduais. “Queremos proporcionar um atendimento qualificado à população. Além disso, buscamos uma resposta mais eficiente às emergências de saúde, com iniciativas planejadas que atendam diferentes tipos de situações e não apenas emergências específicas”, destacou Demarchi.

Entre as ações deliberadas, estão a criação de um grupo de trabalho para definir a logística dos kits de apoio em emergências e o desenvolvimento de uma força interestadual e multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS). O grupo também propôs a padronização de insumos e medicamentos em um “kit desastre”, que será distribuído estrategicamente entre os estados membros.

Além disso, a Carta de Florianópolis prevê a regulamentação dos fluxos de referência e contrarreferência entre os estados, levando em conta os impactos financeiros e as normativas do SUS. A proposta busca respostas rápidas a emergências de saúde pública, como surtos de doenças, promovendo maior eficiência e proteção às populações das regiões Sul e Sudeste.

A proximidade geográfica e cultural dos estados integrantes do COSUD é vista como uma vantagem para ações coordenadas. O compromisso firmado reforça a necessidade de integração regional para enfrentar desafios que atravessam fronteiras, como a pandemia e outros eventos sanitários de grande impacto.