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Quincy Jones, o maestro das estrelas, morre aos 91 anos
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Foto: Chris Pizzello/Invision/AP -
Produtor musical revolucionário e responsável por álbuns icônicos de Michael Jackson, Quincy Jones deixa um legado incomparável na música e no entretenimento
Quincy Jones, lendário produtor e arranjador musical que moldou o cenário da música pop e jazz durante mais de sete décadas, morreu neste domingo (3) aos 91 anos, em sua residência em Bel Air, Los Angeles. A notícia foi confirmada por seu assessor, Arnold Robinson, e pela própria família, que declarou em um comunicado: "Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones... Celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele."
Considerado um dos produtores mais bem-sucedidos e influentes de todos os tempos, Quincy Jones conquistou um total de 28 prêmios Grammy, dois Oscars honorários e um Emmy, e trabalhou com uma impressionante lista de astros, incluindo Aretha Franklin, Ray Charles, Frank Sinatra e Ella Fitzgerald. Sua parceria com Michael Jackson, especialmente nos álbuns "Off The Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987), estabeleceu novos padrões de produção musical. "Thriller" vendeu mais de 20 milhões de cópias apenas no ano de lançamento e é, até hoje, um dos álbuns mais vendidos da história. Entre as ideias inovadoras de Jones para o disco, destaca-se o convite ao ator Vincent Price para a narração na faixa-título e a participação do guitarrista Eddie Van Halen no solo de "Beat It".
Além de sua colaboração com Jackson, Jones também produziu o single "We Are The World" em 1985, que reuniu mais de 40 grandes nomes da música para arrecadar fundos contra a pobreza na África. Lionel Richie, coautor da canção com Michael Jackson, chamou Jones de "mestre orquestrador" pela capacidade de organizar talentos como Stevie Wonder, Bob Dylan, Billy Joel, Bruce Springsteen e Cindy Lauper em uma obra musical histórica.
Quincy Jones nasceu em Chicago e encontrou na música um refúgio desde cedo, especialmente após a internação de sua mãe, Sarah Frances, com esquizofrenia, quando ele tinha apenas sete anos. "A música era o único mundo que eu podia controlar", disse ele em sua autobiografia, enfatizando que ela o ajudou a superar a dura realidade de sua infância.
A trajetória de Jones incluiu a vice-presidência da gravadora Mercury Records, a primeira vez que um afro-americano ocupou essa posição em uma grande gravadora, e a direção musical do Oscar, em 1971, outra marca pioneira. Seja em suas colaborações no jazz com Count Basie e Billie Holiday ou nos arranjos para Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, Jones foi um verdadeiro visionário, sempre empenhado em expandir as possibilidades da música.
Com uma trajetória que atravessa gerações e redefine o conceito de produção musical, Quincy Jones deixa um vazio no mundo do entretenimento. Ele será lembrado por seu talento e visão incomparáveis, que moldaram a música como a conhecemos e influenciarão gerações futuras.
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