s crônicas que escreveu em A Notícia entre os anos de 2001 e 2003 estão eternizadas no livro Tempos de Ipês, lançado em 3 de junho de 2023. Lá estive para prestigiar José Eli Francisco, este ícone do rádio e do jornalismo de Joinville. Seis meses depois, em 13 de dezembro, precisamos nos despedir do homem da voz marcante do rádio, onde o Show da Manhã era a principal atração. Ficam as boas lembranças de quem segue para a eternidade.

As lembranças foram longe quando encontrei Eli, o autor desta obra, e também com a presença de muitos amigos, especialmente com quem dividi a infância, a adolescência e a fase adulta, principalmente com Beto Kammholz e Antonio Carlos dos Reis, eternizado como Batata. Uma manhã de sábado de bons fluídos.

A vontade de fazer reportagens começou cedo na minha trajetória. A comprovação é da primeira lembrança que me vem na memória de Eli Francisco. Estava na garupa da bicicleta de minha mãe Veronica, que fazia seu percurso pela rua Padre Anchieta para visitar as senhoras das redondezas.

Em certo momento, um ronco estrondoso surgiu por aqueles ares, mas alguém se prontificou a explicar: “É o noivo de minha filha Eleane que está chegando de Lambreta!”

Seria pouco para acalmar a pulsação das senhoras. O complemento deixou todas mais calmas: “Ele trabalha na rádio!”. Aí aparece Eli e que conheci ainda quando era garoto lá no Glória.

Alguns anos depois, quando estava começando a minha trajetória no Jornal de Joinville, precisava esperar pontualmente o ônibus às 7h15 de todas as manhãs. Às vezes tinha a sorte de ganhar uma carona quando vinha antes um Fusca laranjão para apressar a chegada no centro. Dali em diante era continuar a caminha a pé até a avenida Procópio Gomes.

Após ajeitar papeis e passar os olhos na edição do JJ, tudo parava na redação quando vinham as nove badaladas da manhã. Era uma parada estratégica para ouvir a voz de Eli com o Nosso Correspondente. A partir daí saíam as pautas para a próxima edição do jornal dos Diários Associados.

Quem falou para uma imensidão de audiência, escreveu para linhas importantes da nossa história recente, é certo que está deixando um importante legado. É assim que posso definir José Eli Francisco.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem-vindos.

Aguardo seu contato para prestar mais detalhes, através do e-mail: rdbjoinville@gmail.com