A bola não rola mais no Estádio Paulo Eicholz. O gramado está coberto de asfalto para dar lugar a um amplo estacionamento. O que está preservado é o nome do Glória, antes "futebol clube" e agora da "sociedade". O que não se apaga são as histórias e as batalhas individuais que fizeram crescer e evoluir esta agremiação do Alto da 15 e, assim, atravessar décadas. O calendário marca o aniversário a cada 9 de julho e que pode ser comemorado constantemente. Afinal, as portas do imenso salão se abrem a cada dia para receber o público que saboreia as delícias preparadas por João Batista e sua equipe. O presidente Rangel Eisenhut tem se esforçado para tudo permanecer no seu devido lugar.

Pode passar o tempo. Este será sempre o meu time do coração. Antes no futebol e agora apenas no bolão. O que minha mente infantil nunca apagará são as imagens da entrega de faixas do super campeão de 1961 da Primeirona de amadores; a raça do zagueiro Arthur Hoppe; os craques Cocada e Renê Gonçalves, e uma infinidade de destaques da qualidade dos goleiros e irmãos Rubinho e Batata, Sargento, Elemer, Udo Ritzmann, Nicanor, Beto Kammholz, Silvino, Keno; os treinos das terças e quintas-feiras com as orientações do técnico João Kalef.

Bom mesmo é poder lembrar de estar ao lado de meu pai Ango Dias para ouvir seus comentários nos jogos que acompanhávamos nos finais de semana. O verde e branco é a bandeira que me sentir as emoções do futebol. E nunca terá tempo ruim para impedir de desfraldá-la.

Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de Glória´s do Menino Jornalista, uma coletânea de textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense.