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Esse tal de Roque Enrow

  • Foto: Arquivo pessoal - Eu e meus amados Beatles

Por: Victória D S Souza

Conheci o Roque com meus pais. Não era incomum que, nos finais de semana, minha mãe acordasse animada e colocasse para tocar o DVD do Queen, cantando e dizendo que o Freddie Mercury era um "gostosão". Foi em casa que comecei a desenvolver meu gosto musical, sendo exposta à maior diversidade possível.

À medida que entrava na adolescência, a fase da rebeldia começou. Eu me tornei contra o sistema! Como toda boa menina, gostava de usar rosa e brincar de boneca. Até que um certo dia, minha tia me deu um presente: um MP3 player. Nele, estavam gravadas diversas músicas, desde reggae e axé até Justin Bieber e Beatles. Acredito que esse aparelho tenha sido o maior responsável por moldar meu gosto musical. Na escola, eu estava ouvindo uma música dos Beatles quando alguém perguntou o que estava tocando. Respondi que era dos Beatles, e me perguntaram se eu gostava do Roque. Eu? Que gostava de rosa, brilho e coisas femininas ouvindo a música do Roque? Parecia impossível! Mas foi aí que percebi que não tinha volta. Eu havia me apaixonado por aquele ele (e pelos Beatles).

O tempo foi passando, e quando fiquei um pouco mais velha, minha vontade era revolucionar, lutar por um mundo melhor e pelos meus ideais, assim como meus pais fizeram em sua juventude, e como as canções que ouvia expressavam em suas letras. O Roque Enrow entrou na minha vida. Eu só ouvia isso. Curiosamente, a vontade de aprender mais sobre o que estava ouvindo foi crescendo, e então comecei a ler biografias de bandas, pesquisar na internet, ir à biblioteca... Foi assim que aprendi a cantar a discografia completa dos Beatles, além de saber de cor toda a história da banda.

E não parou por aí. Conforme os anos passavam, minha vontade de aprender e conhecer músicas novas só aumentava. Acredito que seja um legado do meu pai.

Meu sonho era ter 16 anos para poder ir a shows sozinha. Quando completei 15 anos, pedi de presente um ingresso para o show dos Stones, que seria em São Paulo. E eu realmente fui àquele show. Cantei como se não houvesse amanhã!

Com 16 anos, tive a oportunidade de ver de perto o Roque Enrow brasileiro, com um show da Plebe Rude no Porão da Liga. A surpresa da banda (e do público) ao notar uma garota de 16 anos cantando todas as músicas e curtindo o show foi uma cena impagável.

Infelizmente, não consegui prestigiar os Beatles nem nossa amada rainha, Rita Lee, a qual me fantasiei e homenageei algumas vezes em apresentações da escola. Mas na minha memória, sempre vou lembrar dos anos que passei ao lado do Roque Enrow!

Viva a música! Viva o rock!


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