Renaldo Blank é o cidadão que hoje passa a vida em sua casa, na rua Dona Francisca (bem em frente à Escola Giovani Pasqualini Faraco), costurando e remendando as redes que usa em constantes pescarias. O ganha-pão foi como vidraceiro da Casa Pieper. No entanto, foi na bola que ganhou amigos e fez amizades. Os contemporâneos de Nalo sabem bem o que ele fez e representa para o futebol amador de Joinville. O garoto que foi em busca do sonho de jogar futebol no time do coração - o Caxias - foi bem mais longe. Manteve praticamente sozinho o Arsenal da rua Rui Barbosa (o campo ficava onde atualmente está a sede da AD Embraco), onde foi o presidente e treinador campeão da Segundona joinvilense de 1980.

O gramado que o alvinegro Arsenal usava por empréstimo foi arrancado e sobrou apenas a história do time e de seus personagens, tendo Nalo à frente. Dali em diante peregrinou por 25 de Agosto, América, Aviação, Estrada da Ilha, Unidos do Beco e todos os times que precisavam de um estrategista para remendar nomes com um esquema tático. E teve sua maior contribuição ao passar às novas gerações todos os seus valores e caráter. Os garotos do América e 25 de Agosto, hoje quase todos cidadãos formados, ficam imensamente agradecidos pelos ensinamentos que receberam sobre a bola e também sobre a vida.

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Esta é uma das crônicas que fazem parte de uma futura publicação, que terá o nome de “Glória´s do Menino Jornalista”, uma coletânea com mais de 600 textos em que relato fatos marcantes de minha vida e a trajetória no jornalismo joinvilense e catarinense. Apoiadores e patrocinadores são bem-vindos.

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