Entre os financiadores, estão acionistas majoritários de grandes empresas russas, como Gazprom e Novatek

81 bilionários russos estariam financiando as iniciativas militares da Rússia durante a invasão da Ucrânia. De acordo com a investigação, somente 14 desses magnatas são alvos de sanções ocidentais impostas por aliados dos ucranianos.

Entre os nomes citados, encontram-se acionistas majoritários de gigantes empresas russas, como a Gazprom e a Novatek, que são as duas maiores exportadoras de gás natural do mundo. Também está na lista a Rusal, a segunda maior empresa de alumínio do planeta, e o ex-dono do clube de futebol inglês Chelsea, Roman Abramovich.

O esquema de financiamento é descrito na reportagem: a Rusal seria responsável por fornecer pó de alumínio para os fabricantes de mísseis, enquanto a empresa de Abramovich forneceria matérias-primas para a construção de tanques. Além disso, a Novatek, entre outras empresas, supostamente abastece as frentes de guerra com o recrutamento de voluntários, e diversos oligarcas estariam aproveitando o conflito para obter contratos estatais.

O relatório também revelou que, mesmo com as sanções econômicas impostas como consequência da guerra, o patrimônio líquido dos bilionários russos teve um crescimento surpreendente. No último ano, houve um aumento de 48%, elevando o total de US$ 320 bilhões em 2022 para impressionantes US$ 474 bilhões em 2023.

Com o acréscimo de 22 novos bilionários no país neste ano, a Rússia se consolidou como a quinta nação com o maior número de bilionários no mundo. Nessa classificação, o país fica atrás apenas dos Estados Unidos, China, Índia e Alemanha.