Câmara de Vereadores aprova projeto que autoriza empréstimo bilionário para educação em Joinville
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Foto: Mauro Schlieck/CVJ -
Recursos serão destinados ao programa “Educação que Transforma”; proposta ainda será analisada por outras comissões antes de ir ao plenário da Câmara
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Vereadores de Joinville aprovou nesta segunda-feira (14) o parecer favorável do vereador Lucas Souza (Republicanos) ao Projeto de Lei 166/25, que autoriza a Prefeitura a contratar um empréstimo de até US$ 99,2 milhões (cerca de R$ 550 milhões) junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com garantia da União.
O projeto, que tramita em regime de urgência, destina os recursos ao Programa Educação que Transforma: Ampliação e Melhoria da Educação de Joinville, com foco em promover uma educação de excelência, garantindo que todos os estudantes aprendam na idade certa.
Aprovada a legalidade da proposta na CCJ, a matéria agora segue para análise das comissões de Finanças e de Educação, que vão discutir o mérito da operação de crédito. Só depois disso o projeto poderá ser votado em plenário pelos vereadores.
Operação internacional com etapas rigorosas
A contratação do empréstimo segue os critérios estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal nº 101/2000). Segundo a norma, a operação de crédito internacional deverá passar por uma série de exigências técnicas e legais, incluindo autorização prévia em lei orçamentária ou específica, inclusão dos recursos no orçamento municipal, avaliação e aprovação do Ministério da Fazenda, autorização do Senado Federal, por se tratar de operação de crédito externo e demonstração de interesse econômico e social, com parecer técnico e jurídico justificando a operação.
Se aprovada, a operação envolverá a Prefeitura de Joinville, o Ministério da Fazenda e o Senado Federal, além do próprio BID.
“Essa é uma proposta que precisa ser analisada com responsabilidade, pois envolve um valor expressivo e um compromisso a longo prazo. A educação é prioridade, mas precisamos garantir que a operação tenha viabilidade e traga o retorno esperado à população”, destacou Lucas Souza, relator da matéria na CCJ.
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