Após reunião com Xi, Trump anuncia redução de tarifas para China

  • Foto: Reuters/Kevin Lamrque -

Tarifas alfandegárias passam de 20% para 10%

Os presidentes norte-americano e chinês definiram um roteiro de reaproximação ao longo de quase duas horas de reunião, que ocorreu nesta quarta-feira (30) no Sul da Península Coreana.

Ambos saíram com promessas mútuas de cooperação e alívio na guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos assim como uma nova cimeira bilateral, no próximo ano, em solo chinês.

Os governos chinês e norte-americano "vão trabalhar juntos", imediatamente, na promoção de um cessar-fogo na Ucrânia, garantiu Donald Trump apos o encontro com Xi Jinping.

Já a questão de Taiwan não entrou na agenda deste encontro, ocorrido na base aérea sul-coreana de Busan. Trump havia adiantado na quarta-feira, que só abordaria o assunto na mesa das conversações com Xi caso o presidente chinês o fizesse.

Tarifas

Como principal resultado do encontro, o presidente norte-americano anunciou a redução das tarifas impostas à China de 10% para 20%. Em troca, a China foi instada a combater o trafico de fentanil ao país norte-americano.

"Tivemos uma reunião incrível. Acredito que vão nos ajudar com o fentanil", observou Trump ao regressar a Washington, a bordo do Air Force One.

Outro tema crucial para os Estados Unidos - as importações chinesas da soja estadunidense - tambem foi resolvida em Busan. Segundo Donald Trump, Pequim vai retomar a aquisição do produto, interrompida em maio, no contexto da guerra comercial desencadeada pelo governo Trump.

O escoamento de soja dos Estados Unidos para a China é um assunto de importância para os
EUA e conta com o amplo apoio do setor rural.

Terras raras

Trump também anunciou que "já não há mais restrições às terras raras", aludindo as medidas retatiatórias da China, que é o maior fornecedor em escala mundial destas matérias-primas amplamente usadas nas áreas tecnológica, energética e militar.

As equipes econômicas e comerciais da China e dos Estados Unidos mantiveram discussões aprofundadas e alcançaram consensos sobre soluções para os problemas, sintetizou, por sua vez, Xi Jinping, citado pela agência Xinhua

"As duas equipes devem agora aperfeiçoar e concluir os trabalhos o mais rapidamente possível é apresentar resultados concretos, de modo a tranquilizar as economias da China, dos Estados Unidos e do mundo".

Distensão

O ambiente de distensão ficou patente logo no início da reunião, quando Trump acenou com a ideia de um reencontro com "um amigo".

Por sua vez, Xi chegou a considerar "normal que as duas maiores economias mundiais tenham fricções" cíclicas, e que os dois países "são plenamente capazes de prosperar juntos".

A reunião sino-americana ocorreu à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que começa nesta sexta-feira em Gyeongju, também na Coreia do Sul.

Xi Jinping estará presente; Donald Trump não.

A delegação norte-americana em Busan contou com o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o embaixador dos Estados Unidos na China, David Perdue, e o emissário comercial Jamieson Greer.

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