Mutirão de microchipagem de cães e gatos acontece neste sábado em Joinville |
Os idosos voltaram a se destacar entre as principais vítimas da covid-19 mais de dois anos após o início da pandemia, indicando que uma quarta dose de imunizante pode ser fundamental para proteger essa faixa etária. A necessidade do segundo reforço já vinha sendo estudada, mas a rápida disseminação da Ômicron no início deste ano deixou ainda mais clara a vulnerabilidade daqueles que concluíram o esquema vacinal há mais de quatro meses e são particularmente frágeis. Mato Grosso do Sul, por exemplo, já começou a aplicar a 4ª injeção nos mais velhos e São Paulo prevê iniciar essa nova fase da campanha em abril.
Levantamentos feitos em dois dos maiores hospitais de referência para o tratamento da covid-19 no País (Emílio Ribas, em São Paulo, e Ronaldo Gazolla, no Rio) revelaram que no início de fevereiro, de 70% a 90% dos mortos pela doença eram pessoas não vacinadas ou com o esquema de vacinação incompleto. No fim de fevereiro, porém, esse porcentual caiu para aproximadamente 50%, revelando nova mudança no perfil das vítimas. Na outra metade, a maioria são idosos que tomaram a terceira dose em novembro.
A primeira onda da covid-19 no Brasil ocorreu entre abril e outubro de 2020, com a entrada do Sars-CoV2 no País. A segunda onda, muito pior, foi de dezembro de 2020 a junho de 2021, com dias que superaram 3 mil óbitos e colapso do sistema público de saúde em várias cidades. O início da vacinação em janeiro do ano passado fez com que a média de idade das vítimas baixasse significativamente, uma vez que os idosos foram os primeiros a serem imunizados.
"Nas primeiras três semanas da disseminação da Ômicron, (praticamente) 100% dos mortos eram não vacinados, com o esquema vacinal incompleto ou imunossuprimidos (transplantados, pacientes de câncer, entre outros)", afirma o infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu. "Agora, esse grupo representa 50% dos mortos, os outros 50% são idosos já com as três doses; a diferença é que eles tomaram essa 3ª dose há mais de três meses e a imunidade deles começou a cair." Botucatu, no interior paulista, também já iniciou a aplicação da 4ª injeção entre os mais velhos.
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