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Em Brasília, governador participa de reunião para definir obra de alargamento da Baía Babitonga
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Foto: Eduardo Valente / SECOM -
Projeto será formalizado em setembro e promete melhorar a logística portuária em São Francisco do Sul e Itapoá
Em uma reunião realizada em Brasília nesta segunda-feira (26), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, se encontrou com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para discutir um projeto inovador que promete ampliar a capacidade de navegação na Baía da Babitonga, que dá acesso ao Porto de São Francisco do Sul. A proposta envolve uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Porto de São Francisco do Sul e o Porto de Itapoá, um modelo inédito no Brasil.
Durante o encontro, ficou estabelecido que o Porto de Itapoá, uma instalação privada, antecipará R$ 300 milhões em tarifas para custear a obra de dragagem e alargamento do canal externo da baía. O projeto visa aumentar a profundidade do canal de 14 para 16 metros, permitindo a navegação de embarcações maiores, de até 366 metros de comprimento, sem as atuais restrições de navegabilidade.
“A iniciativa busca garantir a eficiência logística e o crescimento econômico de Santa Catarina, não tenho dúvida que vai servir de exemplo para outros portos”, destacou o governador Jorginho Mello após a reunião. Para formalizar a PPP, é necessário o aval do Ministério de Portos e Aeroportos, e o documento já foi protocolado. A assinatura oficial do acordo está marcada para o dia 19 de setembro, em Santa Catarina, com a presença confirmada do ministro Silvio Costa Filho.
O senador Beto Martins, que também participou das negociações desde o início, ainda como secretário de Portos e Aeroportos, ressaltou a importância do projeto: “É um processo importante, começamos a negociar isso no ano passado. É um dinheiro que São Francisco do Sul não tinha em caixa, e é uma obra necessária. Itapoá vai dar o valor e vai ficar sem pagar essa tarifa por um período que vai depender da demanda do porto privado.”
O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, também expressou otimismo: “Acredito que será um exemplo para outros portos. E lembrando que, com essa obra, mais navios poderão passar pelo canal, o que impulsionará ainda mais a economia portuária.”
A obra de dragagem e alargamento do canal não só aumentará a profundidade, como também alargará a curva de acesso aos portos, facilitando o trânsito de embarcações maiores. Atualmente, o complexo portuário recebe navios com até 330 metros de comprimento. Com a conclusão da obra, essa capacidade será ampliada, removendo restrições e aumentando a competitividade dos portos de São Francisco do Sul e Itapoá.
A reunião em Brasília foi organizada pela Secretaria de Articulação Nacional (SAN) e contou com a presença da secretária Lourdes Martini, que substitui Vânia Franco, em missão internacional.
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