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Agentes Comunitários de Saúde em Joinville Recebem Treinamento sobre o Método Wolbachia

  • Foto: Prefeitura de Joinville / Divulgação -

Profissionais capacitados irão repassar informações às famílias atendidas para reduzir casos de doenças como dengue e zika

Agentes comunitários de saúde em Joinville estão participando de um treinamento sobre o método Wolbachia nas Unidades Básicas de Saúde (UBSFs) da cidade. O objetivo dessa capacitação é que os agentes transmitam as informações recebidas para as famílias que atendem, aumentando o conhecimento da população sobre a técnica. Esta iniciativa faz parte da etapa ‘Engajamento Comunitário’ do projeto, que visa reduzir casos e óbitos de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana.

O projeto é uma colaboração entre a Prefeitura de Joinville, o World Mosquito Program (WMP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e o Ministério da Saúde. Ao todo, agentes de 28 UBSFs de Joinville serão treinados por técnicos da Fiocruz, com nove unidades já tendo recebido o treinamento inicial.

“Os agentes serão multiplicadores dessas informações. Eles podem replicar os conhecimentos para que a população entenda como é o método e possa estar ciente do que vai acontecer na próxima fase, que é a da soltura dos mosquitos”, explicou Anderson da Silva, gerente de Gestão Estratégica e Articulação da Rede em Saúde de Joinville.


Joinville Intensifica Divulgação do Método Wolbachia em Escolas e CEIs

O método Wolbachia está sendo amplamente divulgado nas Escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) de Joinville. Ao todo, 89 unidades escolares municipais estão recebendo informações por meio de capacitação direcionada a professores de Ciências, coordenadores e diretores. Além disso, todos os alunos receberão material explicativo sobre o projeto. Essas ações fazem parte da etapa de ‘Engajamento Comunitário’, essencial para a próxima fase de liberação dos mosquitos Wolbitos.

A iniciativa, que busca reduzir a incidência de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana, é uma colaboração entre a Prefeitura de Joinville, o World Mosquito Program (WMP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e o Ministério da Saúde.

No total, agentes comunitários de 28 Unidades Básicas de Saúde (UBSFs) estão sendo capacitados, com nove unidades já treinadas. Essas capacitações permitirão que os agentes comunitários e os educadores atuem como multiplicadores das informações, conscientizando a população sobre a importância e o funcionamento do método Wolbachia.

As iniciativas de engajamento comunitário estão concentradas em 17 bairros selecionados com base no número de focos e casos confirmados de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O engajamento é a última etapa antes da liberação dos mosquitos Wolbitos, prevista para começar em julho.

Além das ações de engajamento, Joinville está construindo uma biofábrica, que será a mais tecnológica do país, na antiga Unidade Básica de Saúde da Família do Nova Brasília. Essa estrutura produzirá os mosquitos Wolbitos necessários para as liberações.

Após a liberação dos mosquitos, os locais serão monitorados por aproximadamente um ano para avaliar os resultados. A implementação do método Wolbachia em Joinville teve início em dezembro de 2023.


Como funciona

A estratégia do método consiste na introdução da bactéria Wolbachia nos Aedes aegypti. Esta bactéria está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos. A Wolbachia impede que os vírus, não só da dengue, mas zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução dessas doenças.

Os Wolbitos serão liberados em Joinville e vão se reproduzir com os Aedes aegypti locais. Aos poucos, eles estabelecerão uma nova população de mosquitos que não transmitem dengue e outras doenças.


Onde a tecnologia já foi aplicada

Em etapas anteriores, o método Wolbachia foi implantado com sucesso em cidades como Rio de Janeiro, Niterói, Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina. Niterói, por exemplo, começou a usar o método em 2015 e, no ano passado, tornou-se a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pela estratégia. Os resultados incluem uma redução de 70% nos casos de dengue, 60% em chikungunya e 40% em zika.

Além de Joinville, outras cinco cidades estão recebendo o método Wolbachia nesta fase: Londrina e Foz do Iguaçu (PR), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Natal (RN). Desenvolvido na Austrália, o método está presente em mais de 20 cidades de 14 países e tem demonstrado eficácia significativa, como a redução de 96% nos casos de dengue na Austrália.

Para mais informações sobre o método Wolbachia, acesse o site wmpbrasil.org e as redes sociais do programa (@wmpbrasil) e da Prefeitura de Joinville.

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