Evento discute estratégias para combater o racismo e promover equidade nas escolas e na comunidade escolar da cidade

A Secretaria de Educação de Joinville realizou com sucesso a 10ª edição do Seminário Municipal de Educação para Promoção da Igualdade Racial, um marco na luta contra o racismo, preconceito e discriminação. O evento, que ocorreu recentemente, teve como objetivo principal discutir ações concretas para enfrentar esses desafios dentro das Escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) da Rede Municipal de Ensino, além de sensibilizar toda a comunidade escolar.

Desde 2015, quando Joinville aderiu à campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) que proclamou a década de 2015 a 2024 como a "Década Internacional de Afrodescendentes", o seminário tem sido um espaço vital para promover a conscientização e ações efetivas nesse sentido. Segundo Cleberson de Lima Mendes, diretor executivo da Secretaria de Educação, eventos como esse são essenciais para fortalecer a equidade entre os estudantes:

"O seminário é muito importante porque aborda a temática da desigualdade, o que conversa com nossa missão de fazer uma educação que transforma, sem deixar ninguém para trás. Trabalhar com uma educação étnico-racial é provocar essa reflexão e gerar oportunidades para todos."

Um dos pontos altos do evento foi a palestra intitulada "Implicações de uma educação com equidade étnico-racial", ministrada pelo renomado professor doutor Gustavo Forde, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Forde é reconhecido por seus estudos e pesquisas em afrodescendência e relações étnico-raciais na educação, trazendo um olhar crítico e construtivo para o debate.

Além disso, o público presente, composto por profissionais da Rede Municipal de Ensino, teve a oportunidade de conhecer e prestigiar dez trabalhos desenvolvidos em Escolas e CEIs. Esses trabalhos foram selecionados a partir de um levantamento realizado pela Secretaria de Educação, que identificou 112 práticas voltadas para a temática em unidades municipais.

"Essas práticas demonstram o comprometimento dos nossos professores com a valorização da cultura africana, afrobrasileira e indígena, sendo implementadas de forma efetiva nas salas de aula. Também evidenciam que respeitar as diferenças é fundamental para avançarmos em direção a uma sociedade mais justa", destaca Cleberson.