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São Silvestre: atletas elogiam público e apontam calor como obstáculo

  • Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil -

Quenianos mantêm hegemonia na corrida de rua de São Paulo

Com vitórias na manhã desta terça-feira (31) tanto na prova masculina quanto na feminina, os quenianos mantiveram a hegemonia na Corrida Internacional de São Silvestre.

Desde que estrearam na competição, em 1992, eles detém 19 vitórias na prova feminina e 18 na masculina. Um dos maiores vencedores da corrida, com cinco vitórias, também é queniano: Paul Tergat, que conquistou o pódio em 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000.

Nesta terça-feira, a queniana Agnes Keino venceu os 15 quilômetros da tradicional prova de rua de São Paulo em 51 minutos e 25 segundos. A segunda colocação também foi de uma queniana, Cynthia Chemweno, com o tempo de 52 minutos 11segundos. Já no masculino, a vitória foi do queniano Wilson Too, com o tempo de 44 minutos e 21 segundos.

Dentre as brasileiras, Nubia de Oliveira Silva ficou com a terceira colocação finalizando a prova em 53 minutos e 24 segundos; e Tatiane Raquel da Silva em quinto, com o tempo de 53 minutos 51 segundos.

“Colocar duas brasileiras entre as cinco melhores foi um dia especial”, disse Tatiane, em entrevista coletiva concedida ao final da prova.

O percurso da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista (entre as ruas Frei Caneca e Augusta), vai até o Centro histórico e volta para a Paulista pela subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio - difíceis quilômetros finais. Acaba em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

“Quando cheguei na Brigadeiro [a subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, que termina com a chegada na Avenida Paulista] vi que as estrangeiras estavam cerca de 100 metros na minha frente. Mas vi que era possível chegar na terceira colocação. Com o incentivo do público, aumentei o ritmo e, quando vi que a gente ia entrar na Avenida Paulista, saiu uma força muito grande de mim”, contou Nubia, que conquistou a terceira posição cinco segundos à frente da tanzaniana Anastazia Dolomongo.

No masculino, o brasileiro melhor colocado foi Johnatas de Oliveira Cruz, que alcançou o quarto lugar do pódio, com o tempo de 45 minutos e 32 segundos. No ano passado, ele também havia sido o melhor brasileiro da São Silvestre, mas na sexta posição.

“Este ano a gente mostrou que estamos mais perto de quebrar essa hegemonia [de vitórias de atletas africanos]. Temos que focar três meses antes para a São Silvestre. É foco, cabeça tranquila e o principal: muita mentalidade”, disse ele.

O percurso da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista (entre as ruas Frei Caneca e Augusta), vai até o Centro histórico e volta para a Paulista pela subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio - difíceis quilômetros finais. Acaba em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero.

Segundo os corredores, o grande destaque da prova de hoje foi a empolgação do público: “adorei a prova porque tinha muita torcida ao longo do percurso”, comentou Cynthia.

“A São Silvestre é uma energia boa, que arrepia ao subir a Brigadeiro. É uma energia muito grande”, completou Tatiane.


Calor

Os atletas de alto rendimento também concordam que o calor foi a principal dificuldade para completar a corrida. “Senti o clima a partir dos 10 quilômetros, quando começou a ficar mais quente. Aproveitei para me hidratar bastante durante a prova. Quando chegamos na Brigadeiro, eu já estava cansada e não consegui brigar até o final. O clima pesou bastante para todo mundo”, disse Tatiane.

“Estou muito feliz. A corrida foi boa. Mas a condição do tempo foi difícil por causa do calor”, concordou a campeã feminina da prova, Agnes Keino.

“O clima estava mais quente do que no ano passado. Mas pretendo voltar no ano que vem”, afirmou o campeão da prova masculina, que usou a São Silvestre como preparação para a Maratona de Sevilha, na Espanha.

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