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Economia

Restaurantes e hotéis de Joinville registram reação com flexibilização de horários

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Depois de mais de um ano sofrendo os impactos negativos causados pela pandemia da Covid-19, empresas dos setores de alimentação e hospedagem começam a vislumbrar cenário mais otimista, com o fim da restrição dos horários de funcionamento.

De acordo com registros do VivaBem - Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Joinville e Região, desde o início da pandemia, 7% dos estabelecimentos associados à entidade fecharam as portas, em Joinville.

"Fomos severamente impactados com as limitações de capacidade de atendimento ao público e restrição de horários de funcionamento. Esperamos que com as flexibilizações que vêm acontecendo gradativamente em Santa Catarina e em Joinville, consigamos começar um período de retomada, com geração de empregos e fomento da economia", afirma a presidente do VivaBem, Ana Luiza Moeller Wetzel.

Uma das medidas mais representativas para o setor, foi a liberação do horário de funcionamento de restaurantes, lanchonetes, bares e similares, regulamentada pelo Decreto municipal 43.328, publicado no dia 15 de julho.

Em consulta realizada junto aos associados do VivaBem, todos os contemplados com essa flexibilização, já observam resultados positivos em seus negócios.

No Botequim Barão, mesmo com a permanência do limite de capacidade de público, a liberação do horário de funcionamento foi positiva e já aumentou o movimento da casa em cerca de 10%.

"Antes o cliente chegava por volta das 21h e às 23h já precisava ir embora, o que comprometia a qualidade da venda. Com o frio, os resultados ainda não são tão representativos, mas a expectativa é que melhorem à medida em que as temperaturas subirem", relata Neandro Scarpetta, proprietário do Botequim Barão.

Transporte coletivo ainda é entrave

Se por um lado a liberação dos horários de funcionamento está ajudando o setor de alimentação e hospedagem, por outro, a medida esbarra em outra questão essencial: os horários reduzidos do transporte coletivo à noite e nos finais de semana.

Para o gerente do motel Vis à Vis, Sergio Buzzachera, a falta de ônibus para atender aos colaboradores que trabalham no período noturno acaba onerando a empresa que precisa arcar com as despesas de transporte particular.

 "Durante a pandemia, precisamos reduzir o nosso quadro de pessoal. Agora, já readmitimos 60% dos dispensados e pretendemos fazer mais cinco contratações até o mês de agosto. Mas a questão do transporte é um problema muito sério. Parte da nossa lucratividade está sendo destinada ao pagamento do transporte por aplicativo o que impacta violentamente no negócio", lamenta o gestor.

Mobilização de entidades

Com o objetivo de sensibilizar o poder público sobre a importância da retomada do transporte público municipal em seus horários normais, o VivaBem encaminhou, recentemente, ofício à Prefeitura de Joinville e à Câmara de Vereadores solicitando a volta de linhas estratégicas, com mais opções de horários durante a noite e aos finais de semana.

O pleito foi reforçado por outras entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Joinville (CDL Joinville), Joinville e Região Convention & Visitors Bureau (JRCVB) e Conselho Municipal de Turismo (COMTUR).

"Estamos cientes dos esforços que o poder público vem empregando para mitigar os impactos econômicos causados pela pandemia. Como entidade representante das empresas de alimentação e hospedagem, continuamos buscando soluções para gerar o crescimento dos negócios, bem como a geração de emprego e renda", conclui Ana Luiza.

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