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Silêncio na CPI: Mauro Cid comparece como testemunha e investigado

  • Foto: Edilson Rodrigues / Reprodução -

Apesar das expectativas, Cid optou por permanecer em silêncio durante a sessão, amparado por uma permissão do STF.

Nesta quarta-feira, o tenente do Exército, Mauro Cid, esteve presente na CPI do 08 de Janeiro como testemunha e investigado, a fim de esclarecer o conteúdo encontrado em seu celular, que levantou suspeitas de envolvimento em atividades golpistas. A presença de Cid despertou grande expectativa, porém, o que prevaleceu durante a sessão foi o silêncio.

Durante a investigação, foi revelado que Cid trocou mensagens com outro militar em que expressava sua decepção com a situação do país, dizendo: "Soube agora que não vai sair nada. Decepção irmão. Entregamos o país aos bandidos." Sua resposta foi um simples "Infelizmente". Essa troca de mensagens, entre outras evidências, levantou suspeitas sobre possíveis articulações golpistas.

No início da sessão, o tenente Cid, que está preso desde maio por envolvimento em fraudes em cartões de vacina, informou que não responderia a nenhuma pergunta por recomendação de sua defesa, e fez um discurso breve, com duração de apenas 8 minutos. Ele afirmou que não se envolve em qualquer tipo de articulação ou estratégia política, atuando apenas como uma espécie de secretário do ex-presidente.

Após o discurso inicial de Cid, prevaleceu o silêncio. A expectativa era que o ex-ajudante pudesse revelar informações relevantes, capazes de alterar o curso da investigação em andamento sobre o episódio. No entanto, durante a rodada de perguntas, Cid optou por não se pronunciar, respaldado por uma permissão concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o autorizava a não responder a perguntas que pudessem comprometê-lo.

Durante a sessão, foi possível sentir a atmosfera tensa e polarizada entre os membros da CPI. A deputada Erika Hilton, do PSOL, destacou a importância de uma investigação imparcial e completa, buscando elucidar todos os fatos relacionados ao caso. Por outro lado, o deputado Nikolas Ferreira, do PL, enfatizou a necessidade de garantir o direito à ampla defesa do tenente Cid, ressaltando que qualquer conclusão precipitada poderia comprometer a credibilidade da CPI.

Olhando para o futuro, a relatora da CPI anunciou que o próximo a ser ouvido pela comissão será o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. A expectativa é de que seu depoimento traga novas informações relevantes para o desenrolar das investigações em torno do episódio do 08 de Janeiro.


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