Líder de governo ficou de fora após decisão do bloco liderado pelo PSD

A deputada Paulinha (PDT), líder de governo, entrou com mandado de segurança no órgão especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quarta-feira (26) para garantir sua participação na comissão do impeachment. No pedido, a parlamentar alega que não foi contemplada a proporcionalidade partidária. O documento indica posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que regulou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No caso, a decisão do STF aponta para eleições intrapartidária ou interna do bloco a fim de escolher os representantes. "É necessário democratizar esse processo de escolha [...] Não cabe ao líder selecionar ou escolher os indicados ao seu bel prazer, ou ao seu próprio critério", disse a deputada. Paulinha pede que seja garantida a votação interna no bloco, o que lhe garantiria uma vaga.  A ausência dela já havia causado manifestações contrárias na aprovação oficial dos nove nomes, nesta terça-feira (25). Segundo ela, quatro deputados do bloco apoiaram a indicação de seu nome, mas o líder do bloco PSD-PDT-PSDB-PSC, deputado Milton Hobus (PSD), escolheu Marcos Vieira (PSDB). Além do próprio voto, também tinha apoio de Rodrigo Minotto (PDT), Jair Miotto (PSC), e Vicente Caropreso (PDSB). "Há transgressão expressa à vontade representativa dos deputados estaduais que compõem o Bloco Social Democrático, hipótese em que unicamente cabe ao Poder Judiciário sua intervenção", diz a peça jurídica.  O PSD tem cinco parlamentares. Hobus tem sido um ferrenho opositor do governo, enquanto Paulinha lidera o Executivo na Casa. O PSD havia acordado pela indicação de Ismael dos Santos e caberia a outra vaga para o restante do bloco, mas prevaleceu a indicação de Hobus. Logo após a discussão nesta terça, o presidente Julio Garcia (PSD) disse que a escolha seguiu o regimento interno e que alterações poderiam ser sugeridas pelos deputados.