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Vacinados também podem espalhar covid-19, alerta médico do governo inglês
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BBC News Brasil - Governo pretende vacinar até 15 milhões de pessoas até meados de fevereiro
Vice-diretor médico do governo da Inglaterra pede para quem já tomou vacina obedecer regras de isolamento para conter nova onda de coronavírus
Pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 ainda podem transmitir o vírus para outras pessoas e devem continuar seguindo as regras de distanciamento social, advertiu o vice-diretor médico da Inglaterra Jonathan Van-Tam. Em artigo no jornal Sunday Telegraph, Van-Tam enfatizou que os cientistas "ainda não sabem qual é o impacto da vacina na transmissão".
Ele disse que as vacinas oferecem "esperança": segundo o governo do Reino Unido, 75% das pessoas com mais de 80 anos no país já tiveram a primeira dose da vacina.o ministro da saúde Matt Hancock disse que cerca de três quartos dos moradores de lares de idosos do país também foram vacinados.Segundo Van-Tam, disse que "nenhuma vacina nunca foi" 100% eficaz. Portanto, segundo o especialista, não há garantia de proteção.
É possível contrair o vírus no período de duas a três semanas após receber uma injeção, disse ele. Também segundo o médico, é "melhor" esperar "pelo menos três semanas" para que uma resposta imunológica se desenvolva totalmente em pessoas mais velhas. "Mesmo depois de receber as duas doses da vacina, você ainda pode passar a covid-19 a outra pessoa e as cadeias de transmissão continuarão acontecendo", escreveu o professor Van-Tam."Se você mudar seu comportamento, ainda poderá espalhar o vírus, manter o número de casos elevado e colocar em risco outras pessoas que também precisam da vacina, mas estão mais atrás na fila."
Intervalo entre doses
Nesta semana, médicos pediram às autoridades de saúde na Inglaterra que reduzissem o intervalo entre a primeira e a segunda doses da vacina Pfizer-BioNTech. O intervalo máximo foi estendido pelo governo de três para 12 semanas. O objetivo era garantir que mais pessoas recebessem a primeira dose com maiss velocidade em todo o Reino Unido. Mas a Associação Médica Britânica disse que é "difícil de justificar" esta política e defendeu que a diferença seja reduzida a seis semanas.
O presidente da associação, Chaand Nagpaul, disse à BBC que há "preocupações crescentes" de que a vacina possa se tornar menos eficaz com doses de 12 semanas de intervalo. O vice-diretor médico do governo inglês respondeu às críticas com uma pergunta. "Aqueles que estão no grupo de risco devem ter acesso mais lento à sua primeira dose para que alguém que já tenha tomado uma dose (e, portanto, a maior parte da proteção) possa obter a segunda?"
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