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Saiba como a Superlua pode afetar as marés de Santa Catarina

  • Foto: Pixbay -

Os ventos serão mais controlados, mas a estabilidade chega somente em setembro

A superlua, fenômeno que acontece quando a lua se aproxima da Terra, volta a iluminar os céus na noite desta quarta-feira (30). Associada a outros fatores climatológicos, a presença deste fenômeno celeste pode resultar em uma maior variação das marés, assim como ocorreu dia 1 de agosto. A influência da lua é capaz de impedir as atividades de navegação e pesca em todo estado.

Para ajudar a diminuir os custos de operações portuárias, e aumentar a segurança das navegações é que a Epagri conta com uma rede maregráfica, para registrar a altura das marés, através da disponibilidade dos dados em tempo real.

“Do ponto de vista prático, essas marés afetam especialmente a navegação comercial, muitas vezes exigindo o cancelamento das operações portuárias pela falta de calado”, ressalta o pesquisador da Epagri/Ciram, Matias Boll. Ele comenta que os navios cargueiros são cada vez maiores e precisam de canais de acesso cada vez mais profundos para acessar os portos que geralmente operam em baías ou na foz de um rio mais protegido, como a baía de Babitonga ou o rio Itajaí, por exemplo.


Previsão das marés

A segunda superlua do mês traz consigo a calmaria do litoral, diferentemente do último fenômeno, que carregou ventos fortes. Desta vez, os ventos tendem a ser mais fracos, sem uma direção definida.

“Será nesse cenário que teremos a superlua na quarta-feira, 30, às 22h45min. Um espetáculo para quem mora perto da praia. Mas somente em setembro deverá ocorrer um alinhamento das massas de ar e o predomínio significativo de ventos do quadrante Norte/Nordeste. E aí sim, poderemos ter eventos de maré importantes, não de alagamento, mas no sentido contrário, com a presença de marés muito baixas, especialmente no dia 2 de setembro, ainda sob influência da superlua”, explica Matias.

Matias ainda ressalta que os ventos serão dominados pelo quadrante Norte e Nordeste, juntamente da alta pressão. A tendência das ventanias é "empurrar" as águas para longe da costa no hemisfério Sul, deixando o mar em níveis baixos de descida da maré. “Esse evento também pode ser exacerbado pela presença de águas mais frias no litoral de Santa Catarina neste final de agosto. Acontece que, à medida que a temperatura do mar baixa, as moléculas da água literalmente ‘encolhem’, afetando negativamente a altura da maré. Não por acaso, é no período de agosto a outubro que normalmente são registrados os níveis mínimos anuais da altura da maré no Estado”, salienta o pesquisador.

A situação entre os dias 24 a 28 de agosto influenciou bastante as marés da costa catarinense, devido a entrada de um vento sul persistente. “Se tivesse chegado junto com a superlua, certamente teríamos alagamentos históricos no litoral. Mas os ventos gelados estavam ‘decididos’ a acabar com o surpreendente veranico de agosto e acabaram chegando um pouco antes da lua cheia. Isso provocou uma significativa altura das marés, mas não a ponto de provocar alagamentos”, diz ele. 


O que é a superlua

Segundo a NASA, o termo superlua é explicado pela ocorrência de uma lua cheia justamente num momento em que a lua está mais próxima da terra (perigeu). A distância entre a lua e a Terra pode variar entre 360 e 400 mil quilômetros. “Ou seja, daria para dizer que em agosto deste ano a lua estará 40 mil quilômetros mais perto do nosso planeta. Para ter uma ideia, essa distância é um pouco mais que 10 viagens de carro entre São Paulo e Manaus. É por isso que a superlua aparece 8% maior e com 16% mais brilho para nós”, revela o pesquisador.

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