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Plantar uma árvore pode ser o recomeço

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Um alerta neste 5 de junho: o planeta precisa de mais árvores

No mês dedicado ao meio ambiente, um alerta de que o mundo precisa de mais áreas verdes. O Brasil, com um dos biomas de maior diversidade do mundo, o Atlântico, não está sabendo cuidar das suas riquezas naturais e o desmatamento avança. Só 7% da Mata Atlântica original permanecem intocadas. Mas não são apenas medidas de grande impacto que vão ajudar na recuperação e preservação das nossas florestas.

O Geólogo, mestre e doutor em Geografia, professor Juarês José Aumond, explica que o planeta sofre com um problema chamado aquecimento global. O motivo é o excesso de emissão de poluentes na atmosfera, como o dióxido de carbono (CO2). "As florestas prestam muitos serviços ambientais, entre eles o da contenção de escorregamentos, produção de água, controle da erosão, além de ter uma importante vantagem que é o equilíbrio hidrológico, ou seja, evita as inundações e enchentes que são comuns nesta fase de mudanças climáticas que estamos vivendo. E tudo de graça, a natureza não cobra nada e o que estamos fazendo é destruindo-a", alerta o professor.

Segundo Juarês, as florestas absorvem o carbono da atmosfera, fundamental para reduzir os impactos do efeito estufa, porém, uma floresta madura, como a Amazônia, absorve bem menos carbono do que uma área de replantio ou de reflorestamento. E aí entra o que se chama "fazer a sua parte"

De acordo com estudo do Instituto de Ciências do Meio Ambiente do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, publicado em 2019, o planeta precisa de 1,2 trilhão de mudas de árvores nos próximos anos para conter o aquecimento global. O problema é que este volume é quatro vezes maior que o total de árvores existentes, por exemplo,na Amazônia.

Para conseguir tal meta, o cientista Thomas Crowther, participante do estudo, defende uma campanha global com a participação de governos, organizações e pessoas físicas. O plantio das mudas deveria ocorrer em todos os espaços relativamente ociosos, independentemente de quem seja o dono da área. "São regiões degradadas em todo o mundo, onde humanos removeram as florestas e hoje são áreas que não estão sendo usadas para outros fins", comenta. No entanto, ele observa que não é possível saber sobre a propriedade da terra de todas essas regiões. Identificar como incentivar as pessoas a restaurar esses ecossistemas é o desafio para o reflorestamento global.

Atualmente existem 5,5 bilhões de hectares de floresta no planeta - segundo a definição da ONU, essas terras têm pelo menos 10% de cobertura arbórea e sem atividade humana. Isso significa 2,8 bilhões de hectares.

O estudo do instituto suíço concluiu que há ainda um total de 1,8 bilhão de hectares de terra no planeta em áreas com baixíssima atividade humana que poderiam ser transformadas em florestas. Nesse espaço poderiam ser plantadas 1,2 trilhão de mudas de árvores nativas.

Este é o primeiro estudo arevelara quantidade de árvores adicionais que o planeta pode suportar, onde elas poderiam ser plantadas e quanto de carbono elas conseguiriam sequestrar. Se todo esse reflorestamento for feito, os níveis de carbono na atmosfera poderiam cair em 25% - ou seja, retornariam a padrões do início do século 20.

Santa Catarina na rota da biodiversidade

Segundo o Programa Reflora, Santa Catarina tem o registro de cerca de 5.600 espécies vegetais. Há ainda 600 espécies de aves, cerca de 150 espécies de mamíferos, 140 denominações sistemáticas de anfíbios e aproximadamente 1.150 designações taxonômicas de espécies de borboletas e mariposas.

O Estado é uma das partes de um grande e diverso conjunto que faz do Brasil o país com a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são mais de 103 mil espécies animais e 43 mil espécies vegetais conhecidas pela ciência.

A preservação desta biodiversidade é a missão principal do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA),antiga Fatma, que é responsável pela gestão de 10 Unidades de Conservação:

Parque Estadual Acaraí

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

Parque Estadual da Serra Furada

Parque Estadual das Araucárias

Parque Estadual Fritz Plaumann

Parque Estadual Rio Canoas

Parque Estadual do Rio Vermelho

Reserva Biológica Estadual do Sassafrás

Reserva Biológica Estadual da Canela Preta

Reserva Biológica Estadual do Aguaí.

Para o professor Juarês, é importante que o Estado possa implantar mais unidades de conservação, seja do tipo Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) ou de outras categorias. "Até mesmo um grande proprietário de terras pode definir uma RPPN dentro da sua propriedade, o que poderia simplificar esse processo de implantação, por outro lado é importante a criação de grandes unidades de conservação, sejam federais, estaduais ou municipais", argumenta o professor, que teve a oportunidade de colaborar na criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí, no começo do século. Trata-se de uma área de 57 mil hectares de florestas que abrange nove municípios do Médio e Foz do Itajaí-Açu, entre eles Guabiruba. Aliás, a Reserva Florestal da Kohler e Cia está dentro do Parque Nacional daSerra do Itajaí, cuja responsabilidade pela gestão, fiscalização e proteção é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.(Jornal Metas)

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