Ao todo, quatro funcionários, incluindo a fisioterapeuta que aparece no vídeo, foram desligados após gravarem "dancinha" com recém-nascido no bolso

O Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, localizado em Itajaí, enfrenta um cenário turbulento após a divulgação de um vídeo polêmico no qual uma fisioterapeuta aparece realizando uma "dancinha" com um recém-nascido no bolso de seu uniforme. As imagens, filmadas nas instalações do hospital, chocaram os moradores da cidade e levaram a demissões de quatro funcionários envolvidos na situação.

O vídeo teria sido inicialmente compartilhado pela própria profissional, causando indignação na comunidade local. A administração do hospital rapidamente emitiu uma nota oficial, na qual expressou veemente repúdio à conduta da fisioterapeuta, classificando-a como "inapropriada e criminosa".

A instituição de saúde tomou medidas decisivas para lidar com a situação, afirmando que estão sendo adotadas "todas as medidas jurídicas - criminais, ético-administrativas e cíveis - com o maior rigor possível". O hospital também está investigando colaboradores que possam ter filmado ou participado da cena, que foi considerada lamentável e que, crucialmente, não demonstrou cuidado com o bebê.

A nota também destaca que o hospital tem uma longa história de respeito e humanização no tratamento de recém-nascidos e parturientes, enfatizando que o ato isolado não deve manchar a reputação dos inúmeros profissionais dedicados que trabalham para cuidar dos bebês.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também foi acionado e recebeu a denúncia, que está sendo formalmente protocolada. A 4ª Promotoria de Justiça de Itajaí ficará encarregada de analisar o caso.

A delegada Vivan Matos, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami), já iniciou um inquérito para investigar a ação após ter analisado o vídeo. Ela menciona que, com base no material, a fisioterapeuta poderá ser acusada de crimes como perigo à vida ou à saúde, bem como submeter a criança a vexame ou constrangimento, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional também se manifestou sobre o caso, enfatizando que, se comprovado que a profissional é de fato fisioterapeuta, ela enfrentará suspensão cautelar de sua prática até que o processo ético disciplinar seja concluído.

Entenda o caso

Uma fisioterapeuta foi gravada dançando com um recém-nascido no bolso do jaleco durante um atendimento no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. A unidade, gerida pela iniciativa privada, chamou o fato de isolado e informou em nota que todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas “com o maior rigor possível”. Disse, também, que busca identificar todos os envolvidos na situação.

No vídeo, a mulher e ao menos mais uma pessoa, que grava a cena, dão risadas enquanto a que está em pé faz a coreografia de uma música que viralizou nas redes sociais. O bebê está no bolso do uniforme.

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