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Desmatamento bate recorde no Cerrado e cai na Amazônia

  • Foto: Reprodução -

Amazônia registra queda de 7% nos alertas de desmatamento, enquanto Cerrado apresenta aumento de quase 17%

Em meio à crescente preocupação global com o desmatamento e suas consequências para o meio ambiente, dados recentes revelam um cenário contrastante para dois dos principais biomas brasileiros: Amazônia e Cerrado. Nos últimos 12 meses, a Amazônia registrou uma queda de 7% nos alertas de desmatamento em relação ao período anterior, correspondente aos anos de 2021 e 2022. Em contrapartida, nesse mesmo intervalo de tempo, o Cerrado apresentou um aumento preocupante de quase 17% no índice de desmatamento.

Esses números vêm à tona em um momento crucial, dias antes da Cúpula da Amazônia, marcada para a próxima semana. A divulgação desses dados positivos para a floresta amazônica e negativos para o Cerrado levanta discussões acaloradas sobre ações e políticas de conservação ambiental.

Vale destacar que essas estatísticas estão relacionadas a períodos distintos de governo no Brasil. Durante os últimos 6 meses do governo Bolsonaro, os alertas de desmatamento na Amazônia cresceram alarmantes 54%. Entretanto, após a posse do presidente Lula no início de 2023, houve uma significativa queda de 43% nos alertas, mostrando uma mudança de abordagem nas políticas de combate ao desmatamento.

No caso do Cerrado, o aumento no índice de desmatamento era de quase 16% no governo anterior, mas acelerou para 21% durante a gestão petista, gerando preocupação entre os ambientalistas e especialistas.

Ao analisar os números regionais, fica evidente que os estados do Pará e Mato Grosso lideram o desmatamento na Amazônia, respondendo por 36% e 26% do total devastado, respectivamente. No Cerrado, a Bahia ocupa o primeiro lugar com 26% da área desmatada, seguida por Maranhão, Tocantins e Piauí.

Um ponto importante a ser considerado na discussão é a legislação vigente para cada bioma. Na Amazônia, a área de floresta preservada é regulamentada por um limite máximo de 20% do território que pode ser legalmente desmatado. Já no Cerrado, esse percentual sobe para 80%, o que suscita debates sobre a necessidade de revisão dessa política.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou-se recentemente a respeito da questão, propondo uma revisão do parâmetro que permite um desmatamento mais amplo no Cerrado.

Além disso, os dados mostram que o governo Lula, nos primeiros 7 meses de gestão, aplicou cerca de R$ 2 bilhões em multas por infrações na área da Amazônia Legal. Esse valor é impressionante 147% maior que a média registrada nos 4 anos do governo Bolsonaro, indicando uma postura mais rigorosa em relação ao combate ao desmatamento ilegal.

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