Até o final desta semana, a Vigilância Ambiental de Joinville trabalha nas ruas do bairro Petrópolis. Os agentes estão eliminando os locais que podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya e vírus Zika. Os pontos que não podem ser removidos são tratados com larvicidas. A partir da quarta-feira (28), ocorrerá também a aplicação do fumacê no bairro, com auxílio de equipes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Governo do Estado de Santa Catarina.
Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental de Joinville, Anderson da Silva, essa ação no Petrópolis foi devido ao grande aumento do número de doentes no bairro, de acordo com o último boletim epidemiológico. "O principal problema em Joinville está dentro das residências, por isso, pedimos à população: cuidem de suas casas. Uma tampinha de refrigerante jogada no quintal já é o bastante para o mosquito se proliferar", afirma o coordenador.
Uma das residências visitadas nesta terça-feira (27) foi a de Juliana Barboza da Costa. A dona de casa, o marido e a filha de quatro anos contraíram dengue recentemente. "Esse trabalho que os agentes estão fazendo é muito importante. Muita gente não está tomando os cuidados necessários", diz a moradora.
O agente Josi Henrique Copi, que está em campo nas ruas do Petrópolis, alerta que, ao encontrar criadouros do mosquito, o morador não deve jogar a água em ralos. "É preciso despejar no chão seco, longe de caixas de passagem. Se jogar em caixas de passagem as larvas continuarão a crescer", alerta Copi.
Entre as principais medidas preventivas que devem ser adotadas para combater o mosquito e prevenir a dengue, estão: eliminar qualquer tipo de recipiente, até mesmo tampinhas de garrafa pet, que possa acumular água; não acumular lixo; tratar a água de piscinas com cloro, pelo menos uma vez por semana; retirar os pratinhos debaixo dos vasos de plantas; verificar a vedação da caixa d'água; colocar tela de proteção nos ladrões e nas caixas de passagem; higienizar semanalmente os potes de alimentos dos animais com bucha; e desobstruir e limpar as calhas d'água.
Anderson da Silva explica que a situação da Dengue em Joinville é preocupante, mas a Vigilância Ambiental tem um plano de ação para este ano. "Temos 1,5 mil pontos de armadilhas pela cidade, que são o nosso termômetro para verificarmos onde está o mosquito. Vamos entrar com todas as nossas linhas de trabalho, em todos os bairros", pontua o coordenador.
Além do trabalho em campo dos agentes e das aplicações de fumacê, Silva destaca a importância das Estações Disseminadoras de Larvicidas. Fruto de uma parceria da Vigilância Ambiental e a FIOCRUZ - Amazônia, a Estação Disseminadora faz com o próprio mosquito se torne o propagador do larvicida. Com isso, conseguem levar o produto para criadouros que, muitas vezes, não poderiam ser localizados pela população e equipes da Vigilância Ambiental.
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