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Blocos de SP defendem cancelamento total do carnaval de rua

  • Terra -

Organizações que representam blocos do carnaval de rua de São Paulo divulgaram um manifesto na tarde desta quarta-feira, 5, pelo cancelamento total do evento em fevereiro e março de 2022. O argumento dos grupos é que não é seguro realizar a celebração em meio ao avanço da variante Ômicron e um novo aumento nas taxas de transmissão da covid-19 . Uma posição oficial da Prefeitura paulistana deve ser anunciada na quinta-feira, 6.     

A carta é assinada pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa 195 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, e a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp). 

"Se não tiver na rua, não tem porquê ficar aglomeramento mil pessoas todos dias em Interlagos (alternativa que estaria sendo discutida pela gestão Nunes)", aponta José Cury Neto, do Fórum Aberto. O manifesto também critica a falta de interlocução da Prefeitura com os blocos nas discussões oficiais sobre o evento e de fomento para trabalhadores que dependem do carnaval.

Para os grupos, a retomada de ensaios no fim de 2021 demonstrou ser inviável a manutenção do carnaval, pois parte dos blocos registrou casos do novo coronavírus entre integrantes nos eventos, mesmo restritos para algumas dezenas de integrantes e com o uso de máscaras e imunizados. Coordenadora da Comissão Feminina e integrante de três blocos, Thais Haliski, conta ter pego covid-19 pela primeira vez em dezembro, possivelmente em um ensaio, situação semelhante que percebeu entre outras pessoas que atuam no meio.

"O carnaval se mostrou totalmente inviável com a chegada da Ômicron", argumenta. "Se em ambientes controlados, como os ensaios, não é possível, imagina em um ambiente em que é só comprovar que tomou a vacina (sem uso obrigatório de máscara)? Não tem como ter um ambiente seguro para o carnaval, seja na rua, seja em Interlagos, seja em clube, seja em qualquer lugar."

A posição é contrária sobre a realização do evento em todos os locais, inclusive em espaços com acesso via passaporte na vacina, como no Autódromo de Interlagos (possibilidade que estaria sendo discutida pela Prefeitura) e em clubes e espaços privados.

Há meses, os blocos têm criticado a Prefeitura por não ter divulgado publicamente parâmetros para um monitoramento do cenário possível para a realização do carnaval. No Rio, a Fiocruz e a UFRJ chegaram a elaborar cinco parâmetros para a realização do carnaval, além de protocolos sanitários.

Em meio às indefinições sobre a realização do evento, a Secretaria Municipal das Subprefeituras publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 5, o adiamento da data de pagamento do patrocínio do carnaval para 20 de janeiro. O contrato de R$ 23 milhões foi assinado com uma empresa ligada à Ambev.

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