A comarca de Joinville inicia nesta terça-feira (3/8) uma série de nove júris marcados para ocorrer ao longo do mês de agosto. Com início agora pela manhã, a primeira das sessões do mês julgará seis réus, acusados por dois homicídios e uma tentativa de homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, dissimulação e meio cruel.

O crime ocorreu na tarde de 22 de janeiro de 2019. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), integrantes de uma facção criminosa perceberam a presença de pessoas estranhas no bairro e foram averiguar. Abordadas, as vítimas foram indagadas sobre suas vinculações com organizações criminosas rivais, tiveram mãos e pés amarrados e foram torturadas.

As agressões, inclusive, foram gravadas em vídeo e publicada em redes sociais. Depois, duas vítimas foram mortas com golpes de armas brancas, facas, facões, foices e machados (conforme exame cadavérico). Uma terceira vítima teve sorte de ser socorrida e levada para tratamento em hospital.

O MP sustenta que a motivação do crime foi torpe, por causa de desavenças entre facções criminosas rivais. E o crime foi praticado por meio cruel, com as vítimas torturadas e expostas a sofrimento desnecessário. Quatro acusados aguardavam o julgamento no Presídio Regional de Joinville e dois em liberdade.

Até o final do mês serão mais oito sessões. Os julgamentos ocorrem no Fórum do município, de forma híbrida (presencial e online) e serão presididas pela juíza Regina Aparecida Soares Ferreira. Não haverá presença de público externo.

Nas sessões do Tribunal do Júri em que seja necessária a realização de forma presencial, somente terão acesso às salas de sessão e de audiência as partes, testemunhas, jurados, agentes de segurança, peritos, auxiliares da justiça, membros do Ministério Público, advogados e defensores públicos dos processos incluídos na pauta do dia. O atos deverão ser realizados com respeito absoluto ao protocolo definido pela Diretoria de Saúde.?