Santa Catarina dá exemplo e transforma trabalho de presos em benefício social
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Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo SECOM -
Estado líder nacional na inserção de presos no mercado de trabalho também lança Parceria Público-Privada para ampliar sistema prisional
Santa Catarina vem consolidando seu sistema prisional como referência nacional na ressocialização por meio do trabalho. Em 2024, o Estado arrecadou R$ 28 milhões com a mão de obra dos detentos, valor que foi reinvestido em segurança pública, saúde e educação.
O governador Jorginho Mello enfatiza os impactos positivos dessa estratégia. “Os presos do nosso estado trabalham, e esse dinheiro é reinvestido em segurança, saúde e educação. Ele não sai só com a roupa do corpo depois de cumprir a pena, mas também com um dinheiro para recomeçar a vida e evitar a reincidência no crime”, destacou.
Atualmente, 32% da população carcerária catarinense está inserida em atividades laborais, percentual superior à média nacional de 19%. O preso que trabalha recebe um salário mínimo, sendo que 25% desse valor é destinado ao Estado para custear sua estadia, 50% é repassado à sua família e os 25% restantes são depositados em uma poupança para quando ele for liberado.
Os internos atuam em diversas frentes produtivas, como fabricação de móveis, confecção de uniformes e montagem de eletrônicos. A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) tem fortalecido parcerias com empresas privadas para expandir essas oportunidades, contribuindo para a redução da reincidência criminal e uma reintegração mais eficaz dos egressos.
Em outra frente de modernização, o governo estadual lançou um projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para a ampliação do Complexo Prisional de Blumenau. O investimento inicial de R$ 210 milhões prevê a criação de 2.979 novas vagas, além da construção de duas unidades de regime fechado, uma de regime semiaberto e a reestruturação da Penitenciária Industrial de Blumenau. A iniciativa conta com o apoio do BNDES e da InvestSC, reforçando o compromisso do Estado com a modernização e a segurança pública.
“Nosso objetivo é reduzir custos, agilizar serviços e aumentar a eficiência da gestão prisional. Com o apoio da iniciativa privada, estamos fortalecendo o modelo catarinense, garantindo mais segurança para a população e melhores condições para a ressocialização”, afirmou o governador Jorginho Mello.
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