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Milei bloqueia reunião da Celac e reforça aliança com Donald Trump
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Foto: Getty Images -
Encontro convocado pela Colômbia para discutir deportação de imigrantes foi cancelado por falta de consenso
O presidente da Argentina, Javier Milei, atuou para bloquear e cancelar a reunião da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que estava agendada para esta quarta-feira (29). O encontro havia sido convocado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, com o objetivo de discutir a deportação de imigrantes latino-americanos, mas a falta de consenso entre os países-membros levou ao seu cancelamento.
A decisão foi anunciada por Xiomara Castro, presidente de Honduras e atual líder da Celac. Segundo ela, a ausência de acordo entre os países impossibilitou a deliberação sobre o tema. Além da Argentina, outras duas nações também trabalharam pelo cancelamento da reunião.
A convocação da Celac ganhou ainda mais contornos políticos devido à disputa entre a Colômbia e os Estados Unidos. No entanto, a polêmica foi arrefecida após o presidente colombiano recuar e aceitar a deportação de cidadãos colombianos em situação irregular nos EUA. Com isso, o principal motivo do encontro perdeu força.
Aliado de Donald Trump, Milei tem se consolidado como seu principal parceiro na América do Sul. O presidente argentino compareceu à posse do líder norte-americano e tem defendido um acordo bilateral de comércio entre os dois países, chegando a cogitar a saída do Mercosul caso seja necessário para fortalecer as relações com os EUA.
O cancelamento da reunião da Celac também teve impacto no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaria do encontro virtualmente e pretendia defender os direitos humanos dos imigrantes deportados, denunciando eventuais maus-tratos e voos em condições precárias, como o que trouxe 88 brasileiros de volta ao país recentemente.
Apesar de sua preocupação com o tratamento dado aos deportados, o governo brasileiro tem buscado uma postura diplomática, evitando qualquer enfrentamento direto com Donald Trump. O Palácio do Planalto reforçou que reconhece o direito dos EUA de deportar imigrantes ilegais, mas reafirmou que não permitirá que brasileiros sejam mantidos algemados em território nacional.
O governo brasileiro continuará negociando com Washington para garantir condições dignas para os deportados, incluindo acesso a água, comida e banheiro durante os voos de repatriação.
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