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Rio encerra Carnaval com orixás, acidente e duelo de rainhas

  • Terra -

Valeu a pena esperar. Não vai existir uma quarta-feira de cinzas para lamentar o final do Carnaval, mas os dois dias de desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro já deixaram um gostinho de quero mais entre público, agremiações e foliões.

A noite de sábado teve Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel na Sapucaí. Com muita cor, tecnologia e samba, as seis escolam levantaram as arquibancadas, cada uma ao seu modo.

Tuiuti, Portela e Mocidade enfrentaram problemas com suas alegorias. Já a Unidos da Tijuca fez um desfile colorido e que surpreendeu comentaristas e público pela perfeição da sua execução, além da já conhecida excelência da sua bateria.

A madrugada ainda teve um duelo de rainhas entre Grande Rio e Vila Isabel. Paola Oliveira foi o destaque da agremiação de Duque de Caxias enquanto Sabrina Sato superou uma maratona para brilhar pela Vila.
A última passar pela avenida neste ano foi a Vila Isabel. A escola fez uma homenagem para o cantor Martinho da Vila com o enredo "Canta, canta minha gente! A Vila é de Martinho!". O samba é de autoria de

Evandro Bocão, André Diniz, Dudu Nobre, Professor Wladimir, Marcelo Valença, Leno Dias e Mauro Speranza.  "Mortinho", brincou o homenageado na noite ao final da sua passagem pela Sapucaí.

Para honrar o seu papel como rainha de bateria da Vila, Sabrina Sato encarou uma verdadeira maratona. A apresentadora saiu pela Gaviões da Fiel, em São Paulo, nesta madrugada e contou com ajuda de um jatinho para chegar a tempo no Rio.

"É o amor. Acho que o amor faz a gente conseguir tudo. Eu estou muito emocionada, foi uma maratona, mas com todo mundo ajudando e apoiando foi muito mais fácil do que eu imaginava. De volta à Sapucaí, de volta à vida", comemorou em entrevista à Globo.

Com Paolla Oliveira de pombagira à frente da bateria, a Grande Rio desfilou pela Sapucaí com o seu elenco estrelado com o enredo "Fala, Majeté! As sete chaves de Exu". O objetivo da escola foi desmistificar o orixá, visto como algo ruim pelos ocidentais.

"É sempre emocionante, mas este ano é grandioso para todos nós. É um Carnaval de vida, de esperança. Estou muito feliz", declarou Paolla Oliveira no início do desfile durante entrevista para a TV Globo.

A agremiação de Duque de Caxias contou com vários ex-BBBs entre os seus 3200 componentes. "Bora vigorar. Eu estava nervoso, mas agora estou animado", falou Gil do Vigor. "Eu vim para me divertir, vim para me entregar, mas o importante é se divertir", comentou Camilla de Lucas.

Unidos da Tijuca

A Unidos da Tijuca cantou sobre a lenda do guaraná a partir do enredo "Waranã - A reexistência vermelha". A escola desfilou com 3400 componentes, cinco carros, dois tripés e 27 alas.  O colorido chamou a atenção, assim como a potência da bateria que não sabe o que é tirar uma nota menor que 10 há vários anos.

"Foi um desfile leve. Conseguimos fazer tudo o que estava programado, e vou além, fizemos a mais. Eu sou abusada", afirmou a porta-bandeira Denadir Garcia à TV Globo.

A cantora Lexa brilhou como rainha de bateria. Ela usou uma fantasia inspirada em Luma de Oliveira com 70 mil cristais. O look está avaliado em R$ 100 mil. "Eu me joguei, estou muito feliz. Viver o Carnaval é especial, é diferente, é unico", disse.

Com o enredo "Batuque ao Caçador", a Mocidade Independente de Padre Miguel foi para avenida para exaltar o orixá Oxóssi, divindade que representa florestas e  conhecimento. a partir de uma reverência para a própria história.

Os integrantes da bateria da alviverde rasparam a cabeça para homenagear o orixá. O ato é considerado uma demonstração de respeito dentro das religiões africanas. "Representar essa bateria é de motivo de muito orgulho", afirmou o mestre Dudu.

"Eu quis fazer a integração, achei importante que a rainha fizesse parte. A rainha tinha que participar para ficar marcado na história", afirmou Giovana Angélica, que também cortou o cabelo para o desfile no começo da madrugada deste domingo, 24.

O carro abre-alas da Mocidade quebrou a poucos metros do final da Sapucaí. Com isso, um buraco se abriu entre a alegoria e a comissão de frente. Integrantes da harmonia tentaram puxar o carro com uma corda.

Após ser eliminado do 'BBB22', Pedro Scooby desfilou na Mocidade ao lado da mulher, Cíntia Dicker. "Sou Mocidade de coração", declarou para a Globo ao final da passsagem pela avenida.

A Portela foi a segunda escola a entrar na Sapucaí. Uma das escolas mais tradicionais do Carnaval carioca trouxe um enredo sobre a baobá, uma árvore sagrada africana, em um samba enredo que destaca a longevidade e a solidez de suas raízes.

Mestre Monarco, que morreu em dezembro aos 88 anos, não foi esquecido. Ele foi lembrado nos uniformes da equipe de harmonia, além de ter o rosto estampado nos instrumentos da bateria.

Dona de 22 títulos, a escola é a maior campeã do Carnaval do Rio e desfilou com 3 mil componentes, distruídos em 23 alas, além de cinco carros e um tripé. O último carro da Portela quebrou ao passar pelo viaduto ao entrar na Marquês da Sapucaí. Um globo partiu e chegou a derrubar uma barra de ferro.

A  Paraíso do Tuiuti abriu a programação pontualmente às 22h com o enredo "Ka Ríba Tí Ve - Que Nossos Caminhos Se Abram", que vai falar sobre a negritude e seus ícones.

"A essência é uma glorificação. Vamos fazer um grande desfile para homenagear algumas pessoas. Queremos passar o sentimento de respeito e alegria", afirmou o carnavalesco Paulo Barros.

Mayara Lima é a princesa de bateria do Paraíso do Tuiuti e se mostrou animada para desfilar mesmo após chegar atrasada. "Tava doida para esse momento acontecer, tava muito ansiosa, estou muito feliz e agradecida", declarou para a TV Globo.

O último carro da escola emperrou na hora de passar pelo portão e causou correria por causa do horário apertado para fechar o desfile. A Paraíso do Tuiuti encerrou em 1h12, estourando o tempo limite em dois minutos. Com isso, eles já vão começar a apuração perdendo dois décimos.

A porta-bandeira da Paraíso do Tuiuti Dandara Ventapane foi surpreendida ao fim da apresentação da escola de samba de São Cristóvão na Sapucaí, no Rio, na noite deste sábado, 23. No estúdio Globeleza, da 'TV Globo', enquanto era entrevistada pela jornalista Maju Coutinho, ela foi pedida em casamento pelo seu noivo, Donato, que também é seu preparador físico.

O final do desfile da escola foi marcado por um momento de tensão. Uma integrante da escola que tinha passado mal e estava na cadeira de rodas acabou atropelado pelo último carro alegórico. A mulher foi socorrida e leva ao hospital.








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