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Retalhos da História
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Jornal do Boa Vista - João Alves da Maia entre o casal Alfredo Krüger e Mentina
Da redação - Ary Silveira de Souza - 17/02/2023 - 23h34min - No dia 14 de fevereiro de 1918 nascia João Alves da Maia, no bairro Boa Vista. Filho de Ignácio Alves da Maia e Maria Afonsa da Maia, nascidos no mesmo bairro. Durante algum tempo o Jornal do Boa Vista produziu entrevistas com antigos moradores do bairro para o espaço denominado “Boa Vista sua História e sua Gente”. A entrevista com João Alves da Maia foi publicada na edição nº 25 que circulou em maio de 2000, página 10, onde ele fala sobre o bairro.
Com 82 anos, o entrevistado começa a lembrar fatos que aconteceram no atual bairro Boa Vista. “Antes de ser comerciante eu exercia a profissão de pintor. Um dia fui chamado para pintar um prédio em Jaraguá do Sul onde antigamente funcionava a Prefeitura. Lá conheci Olga Müller com quem casei em 1941. Da união nasceram dois filhos, Moacir e Mazilda, ambos casados. Olga faleceu em 1993”.
João Maia, como é mais conhecido, recorda: “Lembro que o Boa Vista tinha somente 14 casas e seus poucos moradores se dedicavam à lavoura e à pesca. Nos anos 40 o bairro possuía cinco engenhos de farinha, entre eles um pertencente a Raimundo Cidral, que ficava onde hoje está o Bradesco, outro de José Oliveira e o engenho de açúcar de Marcolino de Oliveira, situado onde atualmente está a Granalha de Aço, entre outros. A luz elétrica chegou ao Boa Vista por volta de 1950, até a rua Aubé.
Os bailes eram realizados nas casas de Marcolino de Oliveira e de Elias do Amaral, onde violão e cavaquinho tinham presenças garantidas. Em fins da década de 30 e início de 1940, os bailes já eram realizados no salão do Boa Vista Esporte Clube, em frente ao Campo de Futebol, proximidades do Mercado Cruzeiro. A diretoria do clube era presidida por Thomaz Silveira de Souza, também morador do bairro e proprietário de uma olaria que produzia louças de barro, eu exercia o cargo de tesoureiro.
Tanto o salão como o campo de futebol ficavam em terrenos de João Sell, dono da ‘metade do Boa Vista’. João Sell possuía um realejo, uma espécie de instrumento musical que tem fole e teclado acionados por um cilindro movido à manivela. Tive a oportunidade de assistir muitas apresentações feitas por ele e por sua esposa Lina. Enquanto o realejo tocava um periquito retirava diminutos pedaços de papel contendo escritos que supostamente indicava o futuro das pessoas”.
João Alves da Maia reside há cerca de 50 anos no mesmo local, nº 143 da rua Albano Schmidt, durante este meio século, 30 anos foram dedicados à atividade comercial no mesmo endereço. Encerrando, disse que ele é o mais idoso morador do bairro e que Venceslau de Oliveira, é o segundo.
Fonte e foto Jornal do Boa Vista, edição nº 25, de maio de 2000, página 10.
Atualização: João Alves da Maia faleceu em 26 de agosto de 2003, conforme consulta ao site Cadastro Nacional de Falecidos – CNF Brasil/pesquisa em 15/2/2013.
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