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A ONU informou nesta segunda-feira (02/05) que pelo menos 3.153 civis morreram e mais de 3 mil ficaram feridos desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. A organização, contudo, destacou que os números reais podem ser muito maiores.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) afirma que a maioria das vítimas civis morreu ou ficou ferida devido ao uso de explosivos, incluindo projéteis lançados por artilharia pesada, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, mísseis e bombardeios aéreos.
O ACNUDH teme que o número de vítimas da guerra na Ucrânia, que chegou nesta segunda ao seu 68º dia, aumente consideravelmente quando houver acesso a cidades sitiadas ou a zonas até agora sob intensos combates. Após a saída de tropas russas da região de Kiev, centenas de corpos de civis, alguns com as mãos amarradas, além de valas comuns repletas de cadáveres, foram encontrados.
O direito internacional considera que os ataques perpetrados contra civis e infraestruturas não militares num conflito constituem crimes de guerra. Por essa razão, vários países e entidades internacionais exigem uma investigação sobre se a Rússia está cometendo crimes de guerra no território ucraniano.
Segundo a ONU, a invasão da Ucrânia pela Rússia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas de suas casas, das quais 7,7 milhões deslocaram-se internamente e mais de 5,5 milhões fugiram para países vizinhos. A ONU classifica essa crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Retirada de civis fracassada em Mariupol
Após a saída de cerca de 120 civisno domingo, um novo resgate de civis planejado para esta segunda-feira no complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, falhou.
"Hoje os ocupantes russos não nos deram a oportunidade de tirar as pessoas", disse o governador da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.
Novos bombardeios pesados foram registrados nas instalações. Imagens mostram uma espessa nuvem de fumaça preta sobre a siderúrgica, onde estão sitiados centenas de soldados e civis ucranianos - entre eles, crianças, mulheres e idosos.
Um nova tentativa de resgate será realizada nesta terça-feira. A siderúrgica é o último bastião das tropas ucranianas na cidade ocupada pelos militares russos.
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