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Insegurança alimentar atinge 70 milhões de brasileiros

  • Foto: Brasil de Fato / Reprodução -

Aumento da insegurança alimentar no Brasil coloca o país de volta ao Mapa da Fome da ONU

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma triste realidade: o aumento significativo da insegurança alimentar em seu território. De acordo com dados recentes, no período de 2020 a 2022, a quantidade de brasileiros que passaram por dificuldades para se alimentar atingiu a alarmante marca de 70 milhões de pessoas, representando um aumento de 15% em relação ao período anterior, de 2019 a 2021.

Em outras palavras, aproximadamente 1 em cada 3 brasileiros enfrentou a falta de alimentos básicos nos últimos anos, evidenciando uma situação preocupante e que merece atenção. Os números revelam que, desse total, cerca de 21 milhões de indivíduos vivenciaram uma situação de insegurança alimentar severa, ficando sem comida por um ou mais dias. Esse dado representa um aumento de 37% em relação ao período anteriormente analisado.

Com esse panorama, o Brasil volta a integrar o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), um cenário que não era visto desde o início da década de 1990. Essa inclusão no mapa é um indicativo preocupante, pois coloca o país em uma lista que retrata a situação de regiões que enfrentam desafios significativos para garantir a segurança alimentar de suas populações.

Mas qual foi o principal motivo para esse aumento expressivo e impactante? Segundo especialistas, a reação instável do país aos choques mundiais, principalmente a pandemia da COVID-19, desempenhou um papel fundamental nessa realidade preocupante. A crise sanitária gerou impactos significativos na economia, desencadeando desemprego, inflação e a diminuição do poder de compra das famílias brasileiras, o que acabou refletindo diretamente na capacidade de acesso aos alimentos básicos.

Olhando para além das fronteiras nacionais, o relatório da ONU revela que a fome também aumentou em escala global. Em 2022, aproximadamente 735 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentaram a falta de alimentos, o que representa um aumento de 122 milhões em relação a 2019, antes do início da pandemia.

Dentre as causas apontadas pelo documento, estão os conflitos climáticos, a própria pandemia e a guerra na Ucrânia, que têm contribuído para agravar a situação da segurança alimentar em diversos países. Ao fazer uma análise geral, é possível observar que a África continua sendo a região mais afetada pela fome, enquanto a Ásia e a América Latina foram as únicas regiões onde houve uma melhora na situação.

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