logo RCN
NOTÍCIAS

Empresários defendem necessidade de reforma tributária em fórum da Fiesc

  • Cristiano Estrela/Secom/Divulgação -

Em painel de debate na manhã desta quinta-feira (27), a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) debateu a necessidade de uma reforma tributária para o país e outras medidas legislativas para destravar a economia. O principal ponto destacado pelos quatro participantes foram os prejuízos que o país enfrenta por ter um sistema tributário injusto e confuso. A discussão faz parte da Semana da Indústria, que reúne uma programação especial da entidade e comemora os 71 anos de fundação.

"A nossa indústria não cresce. Desde 2006, até 2019, sem pandemia, o comércio brasileiro aumentou o volume físico de vendas em 66% e a produção da indústria de transformação caiu 5%. O brasileiro consome, mas não é o produto nacional que abastece esse consumo", disse o gerente de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles, chamando a atenção para a dificuldade do setor industrial ao competir com importados.

"A CNI tem um estudo que classificou pela competitividade 18 países e o Brasil ficou na 17ª colocação, o que mostra que a gente tem grandes desafios, principalmente na questão tributária", acrescentou o diretor de relações governamentais da General Motors, Adriano Barros.

O presidente da holding GBGA, Luiz Gonzaga Coelho, destacou a cobrança de impostos sobre investimentos produtivos e sua ineficácia. "Os países que têm um desenvolvimento econômico sustentável têm como base um setor tributário que foca e permite investimento. No Brasil nós temos o contrário", disse. Segundo ele, o sistema tributário brasileiro desincentiva o empreendedorismo e a inovação.

O anfitrião do evento e presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacou a necessidade de simplificação do sistema tributário, a fim de facilitar o trabalho de empresas e da Receita. E foi além: reiterou que é preciso reduzir também a carga tributária em relação ao PIB para que o setor industrial catarinense e brasileiro possa competir no mercado internacional.

Ele ainda citou o caso catarinense e a necessidade de interação entre poder público e iniciativa privada. "Santa Catarina, nos últimos anos, não tem tido uma visão de médio e longo prazo. É importante que o governo do Estado se associe ao setor produtivo e discuta e receba suas sugestões, suas demandas. Com o aumento das despesas obrigatórias, sobram poucos recursos para investimentos. Então temos que ser pragmáticos", afirmou. 

Governador sanciona lei que isenta de imposto compra e transporte de oxigênio hospitalar Anterior

Governador sanciona lei que isenta de imposto compra e transporte de oxigênio hospitalar

Polícia prende homem por posse ilegal de munições no bairro Santo Antônio Próximo

Polícia prende homem por posse ilegal de munições no bairro Santo Antônio

Deixe seu comentário