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CVJ: Uso da areia descartável de fundição volta ao debate em Urbanismo

  • Mauro Artur Schlieck -

Na reunião desta terça-feira (1°), a Comissão de Urbanismo debateu o uso da areia descartada de fundição em obras públicas, como forma de gerar economia para o poder público. A pesquisadora Raquel Carnin participou do encontro como convidada para falar sobre o tema proposto por Wilian Tonezi (Patriota). Em 2018, a CVJ aprovou projeto de lei que autorizava a Prefeitura de Joinville a usar o mineral em obras do município.

Doutora em química e especialista em gestão de resíduos, Raquel Carnin detalhou aos vereadores e a representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama) e da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) as possibilidades de uso da areia descartada de fundição na construção civil. Entre exemplos de obras que utilizaram o material, Raquel citou a calçada no entorno do 62° Batalhão de Infantaria, no centro da cidade, e a pavimentação da estrada de acesso à praia do Ervino, em São Francisco do Sul.

Em resposta a um questionamento de Tonezi sobre a disponibilidade do resíduo, Raquel Carnin destacou que há grande volume dessa areia na região de Joinville. Segundo a doutora, das 650 mil toneladas por ano que Santa Catarina produz, 450 mil são originadas em Joinville.

Sobre o ganho econômico com a utilização da areia descartada de fundição, conforme estudo apresentado por Raquel, em 36 quilômetros de pavimentação da BR-280, se houvesse a utilização dela, o trecho da duplicação teria um custo R$ 5,79 milhões menor. Adilson Girardi (MDB) defendeu que o tema precisa ser popularizado. O parlamentar sugeriu que a Prefeitura poderia utilizar a areia em obras de calçadas, e como subsídio na produção da nova unidade da fábrica de tubos do município.

A pesquisadora ressalta que a utilização nas obras públicas é uma forma de dar "um destino mais nobre" para o resíduo do que enviá-lo para aterros. Ela também apresentou estudos que apontam que o resíduo não é perigoso para a saúde humana.

A secretária de Agricultura de Meio Ambiente, Schirlene Chegatti, apoiou a defesa do uso da areia descartada de fundição como um benefício que não pode ser ignorado, já que é uma prática adotada há mais tempo em outros países. Schirlene ressaltou que o licenciamento para o uso do mineral não é feito pelo município, e sim pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), que é um órgão estadual.

Aprovação na CVJ

A autorização aprovada em 2018 pela CVJ partiu de projeto de lei protocolado pelo então vereador Wilson Paraíba. Conforme a lei, a areia deve ser cedida à Prefeitura gratuitamente e deve conter quantidade máxima de substâncias poluentes estabelecida pela NBR 15702, que normatiza o uso de areia descartada de fundição.(Jornalismo CVJ - Jeferson Luis dos Santos)

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