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Com sanidade exemplar, SC se consolida como referência nacional em saúde animal

  • Foto: Ascom/Cidasc -

Com certificações em alta e prevalência de doenças em queda, Estado reforça compromisso com a saúde pública e o fortalecimento da cadeia produtiva do leite

Santa Catarina segue se destacando como modelo de excelência sanitária no Brasil. O Estado registrou avanços significativos no controle e erradicação da brucelose e da tuberculose bovinas e bubalinas, com 92 propriedades certificadas como livres das doenças somente no município de Pinhalzinho. Esse número é reflexo do comprometimento dos pecuaristas catarinenses e das ações rigorosas coordenadas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Por meio do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovinas, executado pela Cidasc em alinhamento ao Programa Nacional (PNCEBT) do Ministério da Agricultura e Pecuária, Santa Catarina mantém as mais baixas prevalências dessas doenças no país: apenas 0,91% para brucelose e 0,5% para tuberculose. Esses índices conferem ao Estado a classificação de risco sanitário “A”, a mais alta do país.

Segundo a médica-veterinária Cláudia Marina Hachmann, da Cidasc, o mapeamento mensal das propriedades certificadas — disponível para consulta pública — é uma ferramenta estratégica para ranquear municípios, incentivar boas práticas e fortalecer a cadeia produtiva do leite. “É uma forma de garantir informações confiáveis ao produtor e aos agentes da agroindústria”, ressalta.

A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, reforça a importância da certificação: “Cuidar da saúde dos animais é proteger também os seres humanos. Essas são doenças silenciosas que afetam a produção e podem ser transmitidas ao homem, tanto por contato direto com animais infectados quanto pelo consumo de produtos contaminados”.

O secretário estadual da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, também destaca o papel dos produtores. “A crescente adesão ao programa comprova o comprometimento da nossa pecuária com padrões sanitários elevados e seguros."


Doenças que ameaçam animais e humanos

A brucelose e a tuberculose são doenças infectocontagiosas graves, que afetam bovinos, bubalinos e seres humanos. Nos animais, a brucelose provoca abortos, retenção de placenta, infertilidade e queda na produção de leite. Já a tuberculose gera sintomas como tosse persistente, emagrecimento progressivo e também reduz a produtividade, mesmo quando os sinais clínicos são ausentes.

Para os humanos, ambas as doenças representam sérios riscos. A brucelose pode causar febre intermitente, dores musculares e articulares, enquanto a tuberculose bovina pode gerar sintomas respiratórios semelhantes à forma humana da doença, como tosse crônica e perda de peso. A transmissão pode ocorrer por contato direto com animais infectados, por via respiratória durante o manejo, ou pelo consumo de produtos de origem animal contaminados, como leite cru, queijos frescos e carne mal passada.


Vigilância constante e apoio ao produtor

Santa Catarina realiza mais de três milhões de testes desde 2017 e mantém vigilância ativa sobre os rebanhos. Em casos positivos, os animais são isolados e, posteriormente, abatidos sanitariamente. Um diferencial catarinense é o ressarcimento financeiro ao produtor pelo abate, por meio do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa), permitindo a reposição do plantel com animais sadios.

Além disso, há benefícios diretos para os produtores que buscam a certificação: maior valorização do litro de leite por parte dos laticínios, facilidade para comercializar e transportar os animais, e isenção de novos exames para eventos e trânsito, desde que a certificação esteja vigente.

Para iniciar o processo de certificação, o produtor deve procurar a Cidasc local, apresentar a documentação necessária e realizar os exames em todo o rebanho com o apoio de um médico-veterinário habilitado no PNCEBT. Após dois testes negativos consecutivos, em um intervalo de 6 a 12 meses, a certificação é concedida. Para mantê-la, é necessário repetir os exames anualmente.


Referência para o Brasil

Quarto maior produtor de leite do país, Santa Catarina alia rigor técnico, comprometimento dos produtores e investimento público em sanidade para erradicar essas doenças e garantir alimentos seguros à população. A certificação sanitária fortalece a competitividade da pecuária catarinense nos mercados nacionais e internacionais, tornando o Estado exemplo de boas práticas agropecuárias no Brasil.

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