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Porto de São Francisco do Sul apresenta modelo pioneiro de dragagem em evento nacional
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Fotos: Divulgação / PSFS -
Parceria com Porto Itapoá viabiliza obra inédita no país e maior engordamento de praia já realizado no Brasil
O Porto de São Francisco do Sul está participando do Encontro Nacional de Autoridades Portuárias e Hidroviárias (Enaph), em Brasília. O evento reúne representantes de portos públicos e privados de todo o país, além de empresas do setor logístico e de infraestrutura.
Durante o painel “Modelos para aperfeiçoar o serviço de dragagem nos portos brasileiros”, o presidente do porto, Cleverton Vieira, apresentou a iniciativa inédita que está em execução na Baía da Babitonga: a dragagem de aprofundamento e alargamento do canal de acesso ao complexo portuário, realizada em parceria com o Porto Itapoá.
Pela primeira vez no Brasil, um porto público e um porto privado se unem para uma obra de dragagem dessa magnitude. Parte dos sedimentos retirados está sendo utilizada no engordamento da Praia de Itapoá, que sofre com erosão marítima.
Com investimento total de R$ 333 milhões, a obra permitirá que embarcações de até 366 metros de comprimento operem no complexo, tornando-o o primeiro do país com capacidade para receber navios desse porte totalmente carregados.
O financiamento é estruturado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP): o Porto de São Francisco aportará R$ 33 milhões, enquanto o Porto Itapoá investirá R$ 300 milhões. O reembolso ocorrerá até 2037, com recursos provenientes do aumento das tarifas portuárias geradas pelo crescimento na movimentação de cargas.
“Esta parceria exitosa entre o público e o privado é um exemplo que pode ser replicado em outros complexos portuários do país, acelerando investimentos e promovendo avanços significativos na infraestrutura nacional”, destacou Cleverton Vieira.
A dragagem prevê a retirada de cerca de 12,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos, sendo 6,5 milhões de toneladas de areia destinadas ao alargamento da orla de Itapoá. A intervenção vai beneficiar 8 quilômetros de faixa litorânea, podendo atingir até 200 metros de largura — o que a torna a maior obra de engordamento de praia já realizada no Brasil.
O projeto também é pioneiro na reutilização ambientalmente responsável dos sedimentos dragados, servindo como modelo de sustentabilidade e integração entre os setores portuário e ambiental, com potencial para inspirar novas iniciativas em outros portos do país.

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