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Todos os anos, a Terra cruza uma nuvem de detritos cósmicos, e os céus se iluminam à noite com as Perseidas, uma chuva de meteoros. O fenômeno também costuma ser chamado de "estrelas cadentes", por causa da sensação que se tem de observar estrelas caindo no céu.
Neste ano, as Perseidas terão o seu ápice de atividade entre 12 e 13 de agosto (sexta-feira e sábado). Elas poderão ser vistas de todo o mundo, embora mais nitidamente do Hemisfério Norte.
Por isso, no Brasil, é mais fácil avistá-las no Norte e Nordeste do país. O melhor horário para observar o fenômeno é quando o céu estiver completamente escuro.
E é preciso haver que ele esteja limpo.Mas, infelizmente, neste ano o fenômeno provavelmente não será tão espetacular quanto no ano passado, por conta da Lua cheia - cuja luminosidade atrapalha a visibilidade de outros corpos no céu."Infelizmente, o pico de atividade das Perseidas deste ano será com as piores circunstâncias possíveis para os observadores", diz Bill Cooke, astrônomo da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) que lidera o departamento de Meteoroides.
No Hemisfério Norte, por exemplo, os observadores poderão avistar um número reduzido de estrelas cadentes este ano - talvez entre 10 e 20 por hora em vez de entre 50 e 60.
A Nasa tuitou brincando que os observadores de estrelas verão um "duelo de brilhos" entre o da chuva de meteoros Perseidas e o da Lua cheia.
O que são as Perseidas?
Tudo começa com o cometa Swift-Tuttle em sua órbita de 133 anos ao redor do Sol.
"O que acontece é que, a cada ano, a Terra entra em colisão com a rota da órbita do cometa e todos os detritos que ficaram para trás", diz o astrônomo Edward Bloomer, do Museu de Greenwich, em Londres.
Quando esses escombros cósmicos - gelo, poeira e pedaços de rocha do tamanho de um grão de arroz - atingem as camadas superiores da atmosfera, "eles pegam fogo com resultados impressionantes, mesmo que às vezes seja apenas por uma fração de segundo", diz Bloomer.
A chuva de meteoros Perseidas é especial por ser previsível - sempre surgindo em meados de agosto, e às vezes até mesmo no final de julho.
O fenômeno pode ser apreciado a olho nu e durante várias noites seguidas.
Às vezes, um pedaço maior de restos de cometa surge no céu e "se você tiver sorte, poderá avistar a estranha, mas espetacular, bola de fogo", diz Bloomer, que diz só ter conseguido observar esse fenômeno por alguns breves segundos, mesmo depois de anos acompanhando as Perseidas.
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